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Em menos de um mês, quatro matadouros foram fechados no Brasil

6 de abril de 2019
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Matadouros em Santa Cruz do Capibaribe (PE) e Nossa Senhora das Dores (SE) foram fechados recentemente (Fotos: Ministério Público de Pernambuco e Sergipe)

Em menos de um mês, quatro matadouros foram fechados no Brasil após denúncias do Ministério Público. Os abatedouros se situavam em Nossa Senhora das Dores (SE), Siriri (SE), Santa Cruz do Capibaribe (PE) e Itacoatiara (AM).

Atê o mês passado, no matadouro de Nossa Senhora das Dores os animais eram abatidos no concreto do estacionamento. No matadouro de Siriri, os bovinos, além de maltratados antes do abate, eram mortos à marretadas.

Realidade parecida foi testemunhada e denunciada pelo Ministério Público em Santa Cruz do Capibaribe, onde caprinos, ovinos e suínos eram abatidos com o uso de marretas. O local também apresentava precárias condições de higiene.

Além da realidade dos animais, a Segunda Promotoria de Justiça Cível de Santa Cruz do Capibaribe declarou que a situação do matadouro demonstrou alto e elevado risco de contaminação.

“Há consequente perigo de contaminação da população que consome tal tipo de carne, sujeita a contrair doenças graves, infectocontagiosas, por bactérias, vermes e resíduos de antibióticos e [esteroides] anabolizantes, que podem matar, provocar câncer, tuberculose e alterações hormonais, além de vários outros prejuízos à saúde”, frisou o promotor Carlos Eugênio do Rego Barros Quintas Lopes.

Em Itacoatiara, a 270 km de Manaus, um matadouro foi fechado por más condições de higiene e por maus-tratos aos animais. O espaço também era utilizado para a realização de “brigas de galo”. Além disso, o Ministério Público denunciou que havia esteroides anabolizantes no local.

O MP e a Polícia Civil recolheram porcos e 50 galos. Três homens que eram responsáveis pelo matadouro foram encaminhados à delegacia e indiciados por crimes ambientais e maus-tratos.

“O lugar não tem condição de higiene nenhuma, há proliferação de insetos, bichos. A carne que sai deste abatedouro é altamente imprópria para o consumo”, destacou a promotora do Ministério Público do Amazonas, Tânia Azevedo.

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