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Porca come os filhotes após anos de exploração em fazenda de criação

15 de março de 2019
3 min. de leitura
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Foto: One Green Planet/Reprodução
Foto: One Green Planet/Reprodução

Porcos explorados pela indústria de criação, são mantidos em condições precárias e muitas vezes sofrem durante toda a vida. Fazendas de reprodução forçada são verdadeiras fábricas de animais e chegam a manter até 10 mil porcos em caixas de gestação individuais desconfortáveis e apertadas, que mal permitem que os animais se movimentem. As porcas são mantidas desta maneira com o objetivo de procriar indefinidamente, suportando condições estressantes e em um ambiente insalubre.

Princesa, uma porca de 14 anos sofreu em uma situação como as descritas acima por mais de uma década. Ela era obrigada a ficar em uma baia escura, sozinha, onde não fazia nada além do que se reproduzir ao longo de todos esses anos.

Sem nunca ter visto a luz do sol, nem sentido um toque amoroso ou sequer ter a dignidade de um nome antes de ser resgatada, a porquinha sofria diariamente. Inevitavelmente, sua saúde mental foi se deteriorando e quando ela deu à luz recentemente a doze leitões, ela matou oito deles.

O fazendeiro que mantinha Princesa nessas condições cruéis conhecia Caitlin Cimini, fundadora do “Rancho Relaxo” (abrigo pra animais), que muitas vezes pedia a ele para deixá-la salvar a Princesa e levando-a dali. Ele finalmente concordou após este trágico incidente, quando ficou claro que a porca não serviria mais para os propósitos dele: ganhar dinheiro.

Quando Cimini encontrou Princesa restava apenas um filhote sobrevivente dos doze (o outro se afogou em uma tigela de água e dois nasceram mortos), ela sabia que precisava salvar o bebê também. Além das condições precárias de saúde mental de Princesa, a porca é portadora de necessidades especiais, ela é cega. Portanto, ambos exigiriam muita atenção e cuidado, coisa que um abrigo comum não poderia oferecer. A equipe do Rancho Relaxo então entrou em contato com o santuário Arthur’s Acres, que se prontificou a receber mãe e filho.

Agora, o Arthur’s Acres está proporcionando à princesa o amor e a atenção que ela nunca recebeu. A equipe do santuário deu a ela esse belo nome. Enquanto isso, Pistache, o único filhote sobrevivente, se desenvolve bem no Rancho Relaxo. Ele aprendeu a usar a caixa de areia em seu segundo dia, reorganizou seu cercadinho sozinho e se comunica de maneira excelente.

Foto: Arthur's Acres Sanctuary
Foto: Arthur’s Acres Sanctuary

Princesa e seu filho tiveram um final um final feliz. Pistache nunca saberá o tipo de sofrimento que sua mãe suportou, e Princesa viverá o resto de sua vida em segurança e desfrutando de uma paz que nunca conheceu antes.

Santuários como Rancho Relaxo e Arthur’s Acres existem para salvar a vida desses animais que merecem muito mais do que o tratamento exploratório e cruel a que são submetidos pela indústria de alimentos.

Para mãe e filho, a tortura, a exploração e a crueldade acabaram, mas existem milhões de porcos passando por sofrimentos atrozes em fazendas de criação e produção de embutidos e carne por todo o mundo.

Capazes de sentir, amar, sofrer, compreender e considerados pelos cientistas criaturas dotadas de inteligência ímpar, esses seres sencientes permanecem indefesos perante os interesses calculistas que movem os seres humanos.

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