Balões são comprovadamente prejudiciais ao meio ambiente, à vida selvagem e aos animais marinhos. Além de sujar riachos, lagos e praias, estes artefatos de borracha ainda são a causa da morte de muitos animais marinhos e aves.
Mesmo aqueles que são comercializados como “ecologicamente corretos” demoram anos para se desintegrar na natureza. As cordas “enfeites” que geralmente ficam amarradas a esses balões também podem ficar presas ao redor do pescoço de pássaros levando-os a morte ou as aves podem morrer ao consumir o material do qual eles são feitos.
Da mesma forma, quando os balões são arrastados pelo vento para o oceano, os animais marinhos também não sabem que eles são perigosos, assim acabam comendo o objeto colorido.
Tartarugas marinhas, golfinhos e peixes geralmente confundem pedaços de borracha com alimento e morrem por ingeri-los. Estas são as principais razões que levaram o governo de Gibraltar a proibir completamente a liberação de balões de hélio (gás).
Anualmente, todo dia 10 de setembro, Gibraltar comemora o Dia da Pátria. O pais mantinha uma tradição antiga de lançar 30 mil balões vermelhos e brancos como forma de homenagem a cada pessoa que vivesse no território.
No entanto, em 2016, essa tradição foi encerrada quando o impacto dos balões no meio ambiente e na vida selvagem foi percebido. Recentemente, autoridades decidiram agir de forma mais efetiva e proibir totalmente a liberação dos balões de gás.
Ao anunciar a medida, o governo de Gibraltar declarou: “Com esta decisão, queremos reiterar nosso compromisso com a limpeza dos mares, mantendo o oceano livre de plásticos e outros materiais não biodegradáveis que causam tanto prejuízo à vida selvagem.”
Este é um movimento importante e espera-se que outros governos pelo mundo sigam o mesmo exemplo. Qualquer tradição, ainda que antiga e culturalmente enraizada, caso se mostre nociva ao meio ambiente ou às criaturas com as quais a humanidade compartilha o planeta, deve ser encerrada imediatamente. É o mínimo a ser feito por estes seres indefesos, mortos muitas vezes, pela simples ação humana, como no caso dos balões.