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Desmatamento impede o alcance das metas globais contra a mudança climática

5 de março de 2019
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Foto: Pixabay

A conclusão foi feita por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe e da Universidade de Edimburgo.

“Os planos de países individuais para realizar essas mudanças permanecem vagos, quase certamente insuficientes e improváveis de serem implementados na íntegra”, afirma o estudo.

Em dezembro de 2015, 195 países adotaram o primeiro acordo climático universal, juridicamente vinculativo, para frear as mudanças climáticas, limitando o aquecimento global abaixo de 2° C.

De acordo com o Plant Based News, o principal autor do estudo, Calym Brown, disse : “Na maioria dos casos, pouco progresso foi feito, muitas vezes, a situação piorou nos últimos três anos.

“Muitos dos planos de mitigação no sistema de terras eram irrealistas e agora ameaçam tornar inatingível a meta de Paris”.

Estima-se também que 15% de todas as emissões de gases de efeito estufa sejam resultado do desmatamento.

No Brasil

Enquanto diversos países da Europa direcionam seus esforços na luta contra o aquecimento global, o Brasil parece andar para trás e a cada dia destrói ainda mais sua biodiversidade.

O desmatamento da Amazônia está prestes a atingir um determinado limite a partir do qual regiões da floresta tropical podem passar por mudanças irreversíveis, em que suas paisagens podem se tornar semelhantes as de cerrado, mas degradadas, com vegetação rala e esparsa e baixa biodiversidade.

O alerta foi feito em um editorial publicado na revista Science Advances. O artigo é assinado por Thomas Lovejoy, professor da George Mason University, nos Estados Unidos, e Carlos Nobre, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas – um dos INCTs apoiados pela FAPESP no Estado de São Paulo em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – e pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Foto: Hebert Rondon | Ibama

“O sistema amazônico está prestes a atingir um ponto de inflexão”, disse Lovejoy à Agência FAPESP. De acordo com os autores, desde a década de 1970, quando estudos realizados pelo professor Eneas Salati demonstraram que a

Amazônia gera aproximadamente metade de suas próprias chuvas, levantou-se a questão de qual seria o nível de desmatamento a partir do qual o ciclo hidrológico amazônico se degradaria ao ponto de não poder apoiar mais a existência dos ecossistemas da floresta tropical.

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