EnglishEspañolPortuguês

Papagaios têm suas asas cortadas e são usados como iscas para outras aves

6 de fevereiro de 2019
2 min. de leitura
A-
A+

O contrabando de animais silvestres é umas das maiores atividades ilegais do mundo. Milhares de espécies que correm risco de extinção são perseguidas, caçadas e traficadas. Os danos causados à biodiversidade são graves e, muitas vezes, irreversíveis.

Uma filmagem chocante, feita em Camarões, mostra os ameaçados papagaios-cinzentos africanos, tendo suas asas brutalmente cortadas para serem exportados como animais domésticos ou para servirem como iscas de outras aves maiores e mais valiosas.

A World Animal Protection investigou o comércio ilegal destes animais e descobriu que cerca de dois terços dos papagaios morrem antes de chegarem a um tutor. Além da crueldade na captura, eles são transportados em péssimas condições, apertados em caixotes ou pedaços de canos, onde morrem asfixiados, de fome ou sede.

Os psitacídeos são transportados da Nigéria, Mali e República Democrática do Congo para países do Oriente Médio e Ásia. As informações são do Daily Mail.

As armadilhas

O grupo de defesa dos direitos dos animais disse que os caçadores abusam dos papagaios por serem animais sociáveis e os usam para atrair outros pássaros selvagens até galhos de árvores ou redes revestidas com cola.

https://youtu.be/yqiXNbBtFis

Os pássaros são manuseados de forma brutal pelos caçadores e amarrados por suas asas ou pés para impedir que eles escapem. O sofrimento e a dor são visíveis e perturbadoras.

Tráfico de aves no Brasil

Estudos realizados sobre o tráfico de animais silvestres em todo o país revelaram que as aves representam o grupo mais comercializado de todos os animais.

De acordo com a ONU, o crime movimenta 23 bilhões de dólares por ano e é o quarto maior no mundo, depois de tráfico de drogas, pirataria e tráfico de pessoas. Estima-se que o Brasil participe com 5% a 15% do total mundial e, no país, o crime movimente 2,5 bilhões de dólares por ano.

À legislação branda, soma-se a falta de conscientização quanto à proibição de manter animais silvestres como domésticos e, na última década, a transição da oferta e da demanda para as redes sociais. Em junho do ano passado, o Ibama realizou uma operação nas redes sociais e encontrou 1 277 animais à venda na internet. Foram cumpridos 34 mandados de busca e apreensão em 15 estados, com o resgate de 137 animais, 12 pessoas detidas e a aplicação de mais de R$500 mil em multas.

Você viu?

Ir para o topo