Animais silvestres resgatados após serem vítimas de maus-tratos ou do tráfico na região de Palmas, no Tocantins, são levados para o Centro de Fauna, onde recebem cuidados. Com alimentação balanceada, eles são reabilitados para que possa retornar à natureza.

A alimentação dos animais é composta, basicamente, por frutas. Alguns deles, mais debilitados, recebem papinha feita por funcionários e são alimentados com mamadeiras improvisadas em garrafas pets. Dentre eles, filhotes de veados e tamanduás, araras e papagaios.
“Esse tamanduá, por exemplo, está sem língua e não consegue se alimentar sozinho. Por isso nós preparamos uma papinha à base de proteínas para que ele consiga ficar saudável”, explicou ao G1 o zootecnista Daniel Albernaz.
O Centro de Fauna recebeu, em 2018, cerca de 1,2 mil animais silvestres salvos do cativeiro, do tráfico, de maus-tratos e também de atropelamento. Os resgates são feitos, na maioria, pela Polícia Militar Ambiental.
Apesar da maior parte dos animais ser solta na natureza após o período de recuperação e reabilitação, alguns perdem a capacidade de sobrevivência no habitat e, por isso, nunca poderão sair do centro. Uma onça resgatada, que nasceu em cativeiro, é um desses casos.
“Infelizmente esse animal é muito arriscado voltar para natureza. É um animal idoso, mas que nasceu em cativeiro. Ele poderia ter uma vida fora, mas como ele é acostumado com o ser humano ele sempre vai querer manter contato com o ser humano”, explicou o zootecnista.