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Alta concentração de poluentes afeta ursos polares

13 de dezembro de 2018
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Além dos problemas com a mudança climática que a espécie já enfrenta, cientistas do Canadá e dos Estados Unidos realizaram um estudo, descobrindo novos poluentes e propõem uma reavaliação dos riscos à saúde dos ursos polares.

Um urso polar andando no gelo. Uma de suas patas está levantada para dar mais um passo.
Foto: Polar Bears International

Apesar de algumas restrições regulatórias e proibições de produção destes químicos, as concentrações de poluentes não diminuíram, mas ainda estão aumentando em espécies ameaçadas de extinção que vivem em áreas remotas como no Ártico.

Estes químicos tóxicos são originados em fábricas e são resistentes a degradação, podendo persistir no ecossistema por anos, ou até mesmo por décadas. Os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) tendem a migrar para os pólos pelo oceano e pelo ar e são depositados nas geleiras, onde entram em contato com os animais.

Alguns desses químicos foram produzidos por volta de 1970 e ainda persistem no ecossistema. Novos químicos utilizados na produção de tecidos à prova d’água e de fogo têm sido relacionados a problemas com o sistema imunológico e reprodutivo dos ursos, e também câncer.

Uma família de três ursos polares na beira de um bloco de gelo. A mãe está na ponta, à direita. Seus dois filhotes estão à sua esquerda. Todos os três olham para a câmera.
Foto: Polar Bears International

Esses químicos chegam até os ursos percorrendo a cadeia alimentar, acumulando-se até alcançarem doses tóxicas. A concentração desses elementos nos ursos polares é 100 vezes maior do que o limite aceitável, e nos filhotes é ainda maior, podendo ultrapassar em mil vezes esse limite.

O risco para os filhotes é maior pois esses poluentes se acumulam na gordura, e o leite materno que os filhotes ingerem contém porções particularmente altas de gordura. Os POPs também representam um grave risco para a habilidade de reprodução dos ursos, causando mutações como o hermafroditismo.

Embora as restrições e proibições existirem há mais de uma década, os riscos permanecem altos. Enquanto as restrições têm reduzido os níveis de poluentes nos ursos polares, novos produtos químicos que ainda não foram proibidos desaceleram constantemente essa redução.

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