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Simulador para ensino de castração é método alternativo à exploração animal

25 de outubro de 2018
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Um simulador para ensino técnico de cirurgias de castração, criado pela estudante de mestrado Evelynne Hildegard Marques de Melo, é um método alternativo à exploração animal que atende as demandas dos ativistas, contrários ao uso de animais nestas práticas.

O projeto garantiu à pós-graduanda um prêmio por excelência acadêmica durante a 5ª Semana de Medicina Veterinária promovida pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) no mês de setembro em Viçosa (MG) e Rio Largo (AL). As informações são do portal Alagoas 24 Horas.

(Foto: Ascom / Ufal)

Para solucionar o impasse entre questões éticas e científicas, a estudante criou o simulador por meio da temática Inovação e Tecnologia à Medicina Veterinária. “O curso me estimulou a pensar e a ser inovadora em minhas tarefas de pesquisa e estágio, somei isso às limitações técnicas-operacionais da instituição e implicações éticas, buscando superá-las para a condução das atividades didáticas”, conta.

A iniciativa surgiu durante o estágio em docência após a estudante receber um convite do orientador dela, o professor Fernando Wiecheteck, para ministrar aulas ensinando técnicas de castração em gatos e cães para 45 alunos. Foi então que Evelynne encontrou duas dificuldades: conseguir animais suficientes para que todos os alunos treinassem as técnicas e lidar com os danos cirúrgicos passíveis de ocorrer pelo aprendiz em cirurgia, como hemorragia. Para solucionar essas questões, ela criou o sumulador de fêmeas e machos, para cães e gatos.

Existem na literatura modelos de simuladores parecidos. O projetado pela estudante, no entanto, diferencia-se pela semelhança visual do animal no momento cirúrgico. A ilustração da placa acrílica é previamente programada fotografando um animal em cirurgia e, posteriormente, é impressa em acrílico com a sobreposição da estruturas anatômicas.

Pelo método criado, é possível que os estudantes alcancem destreza e habilidade cirúrgica manual por meio da repetição de técnicas antes de operar um animal vivo. O modelo abre espaço para repetições, erros e aquisição de habilidade manual sem estresse. O projeto conta ainda com o quesito viabilidade, pois, segundo Evelynne, os materiais que necessitam de reposição são de baixo custo e duradouros.

Para o professor Pierre Barnabé Escodro, um dos profissionais que auxiliam a estudante, o simulador pode servir de inspiração para outras escolas por toda a América Latina. A técnica, segundo ele, também pode ser usada em campanhas de atualização e formação de mão de obra em órgãos públicos, que precisam de melhor qualificação dos médicos veterinários para castração de animais abandonados e controle indireto de zoonoses.

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