A Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou cerca de 5 mil aves da espécie arribaçã mortas durante uma fiscalização na BR 304, em Macaíba, no Rio Grande do Norte. Os animais estavam dentro de um veículo conduzido por um homem de 36 anos, acompanhado por um passageiro de 37.
Ao ser questionado, o motorista afirmou que transportava as aves de São Bento, na Paraíba, onde havia comprado-as, para Natal, no Rio Grande do Norte. Ele confessou que venderia os animais, que foram mortos para consumo humano e estavam congelados e acondicionados em sacos plásticos sem qualquer precaução sanitária. As informações são da Agência PRF.
Após constatar o crime ambiental, a polícia deu voz de prisão aos dois ocupantes do veículo, que assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O veículo e as aves foram levados ao Ibama.
Comete crime ambiental, segundo o artigo 29 da lei nº 9.605/98, quem mata, persegue, caça, apanha, transporta ou vende espécimes da fauna silvestre. A punição prevê pena de detenção de seis meses a um ano, além de multa. O crime remete também à perda do veículo usado para cometer o ato.
Nota da Redação: a caça de animais silvestres é, por si só, uma prática cruel, já que é responsável por intenso sofrimento e pela perda de vidas. No entanto, quando praticada contra um alto número de animais de uma mesma espécie e que vivem em uma mesma região, o problema se torna ainda maior. Isso porque essa caça em larga escala feita em um único local impacta de forma grave a espécie e o ecossistema que ela interage, colocando-os em risco.