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Indústria farmacêutica lucra anualmente R$ 20 bilhões com antibióticos para a pecuária

11 de julho de 2018
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Dados da Animal Pharm, uma empresa que analisa as atividades comerciais da pecuária, revelaram que a indústria farmacêutica lucra 5 bilhões de dólares (R$ 20 bilhões) anualmente com a venda de antibióticos para a agricultura animal.

Dados revelaram que a indústria farmacêutica lucra 5 bilhões de dólares (R$ 20 bilhões) anualmente com a venda de antibióticos para a agricultura animal.
Foto: Divulgação

Isso inclui US $ 1,25 bilhão (R$ 4,85 bilhões) do setor europeu e quase US $ 2 bilhões (R$ 7,8 bilhões) apenas do setor norte-americano.

Estima-se que cerca de 80 por cento do total de antibióticos comercializados em todo o mundo são utilizados pela indústria de alimentos de origem animal.

“É o uso excessivo de antibióticos em algumas espécies e países que está causando preocupação, particularmente na Ásia, América Latina e África do Sul”, disse Joseph Harvey, editor da Animal Pharm, ao The Guardian. “Bactérias em humanos e em alimentos de origem animal continuam mostrando-se resistentes aos antimicrobianos mais utilizados, reduzindo a eficácia do tratamento.”

Os antibióticos são amplamente empregados na produção de carne de boi, porco e de frango. Nesses casos, os medicamentos são adicionados ao alimento dos animais antes que sejam mortos e acabam entrando na cadeia alimentar.

O uso de antibióticos durante a fabricação de produtos de origem animal tem sido fortemente criticado por médicos, cientistas e defensores de animais.

O uso desenfreado dos medicamentos aumenta a resistência bacteriana em humanos que consomem os produtos. Isso resulta na complicação de problemas de saúde que, naturalmente, seriam facilmente tratáveis. Para doenças mais sérias, a atual ineficácia dos antibióticos pode ter consequências fatais.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comentou sobre a questão em novembro do ano passado e divulgou diretrizes para tentar resolver o problema. “A falta de antibióticos eficazes é uma ameaça à segurança tão grave quanto um surto súbito e mortal”, disse o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, sobre o assunto.

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