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Livre para voar, pomba escolhe fazer companhia a homem que a resgatou

24 de julho de 2018
2 min. de leitura
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Uma pomba que foi resgatada por um homem quando ela era filhote decidiu fazer companhia a ele durante uma viagem, de cerca de um mês e meio, pela Espanha. Os dois saíram de Barcelona, na Catalunha, e viajaram até a cidade de Tarifa, na província de Cádiz.

Gaia, como foi batizada a pomba, teve a vida salva por Johann. “Um vizinho me disse que estava com um bebê [pássaro] que tinha sido abandonado. Eu aceitei acolhê-la sem saber realmente aonde estava me metendo”, disse. “Nas primeiras semanas, eu sempre a segurava na palma da mão, porque fazia frio. Ela não tinha penas. No começou eu a alimentava pela boca. Era engraçado porque parecia que ela estava me dando beijos. Foi a primeira vez que fui verdadeiramente responsável por outro ser. Desde quando era bebê até quando ela cresceu. Meio que me senti um pai orgulhoso. Estando presente em todas as etapas de sua vida e a protegendo”, acrescentou.

(Foto: Reprodução / The Dodo)

No início, Johann temia que a pomba, que tinha apenas dois dias de vida quando foi resgatada, não sobrevivesse. O medo dele, no entanto, não se concretizou, e Gaia cresceu saudável. Ao vê-la se desenvolver, Johann prometeu que deixaria ela ir embora quando ela quisesse, sem privá-la da liberdade.

“Quando ela voou pela primeira vez, foi uma loucura. Pensei: ‘uau’. Fiquei tão orgulhoso, mas ao mesmo tempo apreensivo. Imaginei: ‘ela está indo embora’”, contou. Mas Gaia voltou e, então, Johann decidiu viajar na companhia da ave. Para isso, ele montou um carrinho feito de materiais recicláveis no qual construiu uma espécie de ninho, com uma tenda que protegia Gaia do sol. As informações, do The Dodo, foram divulgadas pelo site Razões Para Acreditar.

“Procurava mantê-la por perto e saber mais ou menos onde ela estava porque, às vezes, ela voava para explorar um lugar ou outro”, disse Johann, que revelou que a pomba era sociável com pessoas e outros animais.

Meses após a viagem, Gaia voou para longe. A expectativa de Johann era a de que ela voltaria após um tempo, mas isso não aconteceu.

“O que eu gosto de pensar é que ela foi criar sua família. Que ela encontrou um pombo e que hoje eles têm filhotes. Então, eu só consigo vê-la perto do rio em seu ninho com os bebês dela”, afirmou. “Ela fazia parte da família. Foi ótimo perceber que é possível humanos e pássaros ficarem juntos. Então, foi bastante intenso”, completou.

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