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Indústria de carne fica "desfalcada" com crescentes alternativas veganas

9 de junho de 2018
4 min. de leitura
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A indústria da carne está enfrentando um desafio “sem precedentes” devido à crescente demanda por alternativas à base de plantas, de acordo com a principal revista especializada em alimentos, The Grocer.

A carne tem perdido espaço entre os consumidores conscientes
Reprodução | The Independent

Em um relatório especial sobre o crescimento e fortalecimento setor vegano, a agência de notícias analisou como a indústria de carnes está “sob ataque” dos que questionam o que chamam de “credenciais de ética, sustentabilidade e saúde da indústria da carne”.

Como observado pelo The Grocer, alternativas baseadas em plantas estão se tornando cada vez mais disponíveis para os consumidores. Esta semana, o supermercado Waitrose foi o primeiro no Reino Unido a lançar uma seção somente vegana, completa com mais 50 produtos sem carne.

De acordo com Chloe Graves, da Waitrose Chilled Vegetarian and Vegan Buyer, os produtos foram adicionados devido à demanda dos clientes. Ela disse: “Nossa seleção atual de produtos vem vendendo muito bem semana após semana, com pedidos de mais opções de nossos clientes e parceiros, para que pudéssemos ver claramente que havia um demanda para ter mais opções vegetarianas e veganas em nossas lojas”.

“Aumentar a nossa gama de produtos é resultado do trabalho que fizemos no ano passado para aumentar a escolha dos nossos clientes nesta área. Estamos trabalhando com algumas marcas exclusivas fantásticas para garantir que os nossos clientes tenham uma seleção realmente única de alimentos para escolher.”

O Tesco – que foi votado como o maior supermercado do Reino Unido para veganos em uma pesquisa recente – deu passos significativos para atender os clientes veganos. No ano passado, a loja anunciou que contratava o chef Derek Sarno como diretor de inovação baseado em plantas.

The Grocer comentou em sua edição sobre a linha de bifes veganos Vivera, da Tesco, que se esgotou em poucos dias após seu lançamento no mês passado.  

Além da disponibilidade de produtos, os consumidores estão sendo encorajados a “fazer perguntas sobre de onde vem a carne e como reduzir o consumo”, segundo o relatório, que destaca Eating Animals – um novo documentário produzido por Natalie Portman para ser exibido no final deste mês – como parte do “ataque crescente” contra a indústria da carne.

Dominion é outro documentário (não mencionado pelo The Grocer), que foi acusado de “atacar injustamente” a indústria da carne. O longa-metragem dirigido por Chris Delforce e co-produzido pelo diretor de Earthlings, Shaun Monson, foca em como os animais são usados ​​e abusados ​​na Austrália, com cenas de matadouros e fazendas.

Divulgação | PETA

No início deste ano, grupos pró-animais agrediram o filme, dizendo que ele apresenta uma visão tendenciosa e chamando a sua representação da indústria da carne de ‘perturbadora’. Patrick Hutchinson, presidente-executivo do Australian Meat Industry Council, disse: “O que o filme mostra não é representativo das práticas da indústria como um todo.

“A grande maioria das empresas e a grande maioria de seus funcionários estão profundamente comprometidas em garantir a experiência mais humana possível para os animais”.

Enquanto uma série de especialistas da indústria da carne disse ao The Grocer que eles estariam de olho no crescente setor de plantas, outros o rejeitaram como uma “moda passageira”, com um produtor dizendo: “Não está nos fazendo muito bem, mas eu acho que é mais moda do que um fato. No entanto, se continuar, pode ter um impacto secundário em nossos negócios “.

Mas Jane King, CEO do Conselho de Agricultura e Desenvolvimento de Horticultura (AHDB) disse que os produtores de carne precisam tomar nota, dizendo: “O comércio de carnes precisa responder revisando sua oferta aos consumidores. Novos tipos de negócios vão inovar”.

Você pode ler o relatório completo da The Grocer aqui.

Nota da redação: não existem formas das indústrias matarem animais de maneira humanizada. Milhares de vidas animais são perdidas para sustentar uma economia da carne. Além disso, a maioria desses locais aplica tratamentos cruéis e desumanos com os animais. 

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