EnglishEspañolPortuguês

Europa eleva para 32% a meta de energia renovável para 2030

21 de junho de 2018
2 min. de leitura
A-
A+

A Europa está aumentando sua meta para o consumo de energia proveniente de fontes renováveis, em uma decisão tomada após uma dura negociação em nome da energia limpa. Os ministros da área energética do bloco concordaram em aumentar a meta de 27% para 32%, ainda que esse percentual esteja abaixo das aspirações mais ambiciosas de alguns países e grupos ambientais.

Reprodução | The Guardian

As negociações no Conselho da União Europeia levaram 18 meses, e foram bem recebidas pelos setores da indústria renovável e de infraestrutura, que consideram a proposta “bem equilibrada”. A Inglaterra buscava uma meta inferior, de 30%, enquanto a França defendia os 32% e países como a Espanha e a Itália pediam 35%.

“Esta nova ambição nos ajudará a cumprir as metas Acordo de Paris e se traduzirá em mais empregos, contas de energia mais baixas para os consumidores e menores necessidades de importação de energia”, afirmou ao jornal inglês The Guardian o comissário da União Europeia para o clima, Miguel Arias Cañete, acrescentando que a definição da meta também traz clareza para os investidores. O acordo inclui uma possibilidade de revisão em 2023, ou caso a meta seja atingida antes do prazo.

Cerca de 17% do consumo de energia europeu em 2016 originou-se em fontes renováveis, enquanto na Inglaterra o índice é de apenas 9% – o cumprimento da meta depois que este país deixar a União Europeia, aliás, ainda dependerá do acordo de saída a ser fechado por Londres e Bruxelas.

Os defensores da energia limpa argumentam que a meta estabelecida para 2030 é pouco ambiciosa, porque os estados membros já trabalham com a expectativa de excedê-la. Os grupos ambientais disseram que o aumento não foi suficiente e criticaram a decisão de contabilizar a biomassa como energia renovável.

“Os responsáveis pela decisão concordaram com uma meta que é insignificante e inadequada se quisermos um futuro livre de combustíveis fósseis e seguro para o clima, além de terem mostrado incapacidade de avaliar um cenário energético em constante mudança, com o custo das fontes renováveis em queda constante”, disse ao Guardian a responsável pela campanha de energia renovável da ONG Amigos da Terra Europa, Molly Walsh.

A organização, entretanto, considerou positivo o reconhecimento do direito dos consumidores a produzir e vender sua própria energia renovável, como aquela produzida por painéis solares nos telhados. O acordo agora precisa da aprovação formal do parlamento europeu, o que deve acontecer nos próximos meses.

Você viu?

Ir para o topo