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Dia Mundial do Leite: conheça as 6 maiores mentiras contadas pela indústria láctea

1 de junho de 2018
5 min. de leitura
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Bezerrinhos são afastados de suas mães e privados de tomar o leite que é seu alimento por natureza | Foto: Divulgação
Vacas são cruelmente exploradas e afastadas de seus filhos para que seu leite seja comercializado | Foto: Divulgação

Mais um Dia Mundial do Leite chega e com ele fazendeiros de laticínios do mundo todo brindam entre si com um copo de líquido branco. Este é um bom momento para olhar para alguns dos mitos divulgados pela indústria de laticínios.

Somos ensinados que o leite é crucial para uma boa saúde, o que é verdade basta olhar para alguns dos brilhantes atletas veganos ou com alimentação baseada em vegetais apenas, que existem por aí, sem mencionar os milhões de veganos saudáveis e felizes que desfrutam de seu cotidiano normalmente.

E este não é o único equívoco espalhado pela indústria leiteira. Leite como fonte primária de cálcio? Vacas que explodem se não forem ordenhadas? Mitos como estes e vários outros precisam ser desmascarados.

1. Leite vêm de vacas felizes

O abuso sistemático de vacas leiteiras é uma acusação selvagem que pesa sobre a humanidade. Esses animais manipulados geneticamente para se tornarem máquinas de produção de leite, e depois ainda, numa crueldade sem limites, são inseminadas e têm seus bebês roubados. Quando seus corpos exaustos já não geram tanto lucro, são enviadas para a morte.

As vacas abusadas pela indústria leiteira são mães sofrem com a perda de seu filho, como qualquer outra mãe. O bebê que mamaria de seis a oito meses é violentamente arrancado dela ainda imberbe. Suas mamas urgem com a necessidade de alimentar seu filho. Ela sofre e chora por dias. Durante toda a noite ela chama por seu bebê que nunca volta.

2. As vacas não são mortas como parte da produção de leite

Infelizmente, isso é totalmente falso. A vida de uma vaca leiteira é inacreditavelmente intensa, sendo repetidamente e artificialmente inseminada e dando à luz, amamentando e sendo ordenhada, antes de passar novamente pelo mesmo ciclo. A crueldade e intensidade desse processo a que são submetidas as vacas leiteiras reduz o tempo de vida delas de até 20 anos para cerca de três a cinco anos.

Além disso, os bezerros machos ou são mortos logo após o nascimento, ou esperam que eles cresçam um pouco mais antes de matá-los para comercializar sua carne. Dados recentes divulgados apontam que cerca de 95.000 bezerros machos são mortos no nascimento ou logo após nascerem a cada ano. Como o vegano abolicionista Gary L. Francione diz: “Provavelmente há mais sofrimento em um copo de leite ou sorvete do que em um bife”.

3. As vacas explodem quando você não as ordenha

Um dos mitos mais estranhos em torno do leite e no qual muitas pessoas ainda parecem acreditar, é o de que as vacas precisam ser ordenhadas a todo momento.

Como outros mamíferos, as vacas só amamentam quando criam seus filhotes.

Divulga-se que é desconfortável para as vacas caso o leite se acumule se elas não alimentem seus bezerros ou forem ordenhadas. Não foram encontradas até hoje quaisquer evidências registradas de vacas “explodindo” por não serem ordenhadas.

Não há registros de vacas explodindo por não terem seu leite roubado por humanos | Foto: Karsten Wurth
Não há nenhum registro de vacas “explodindo” por não serem ordenhadas | Foto: Karsten Wurth

4. Precisamos de leite para ter ossos saudáveis

Há evidências fortes e que aumentam a cada dia de que isso simplesmente não é verdade.

De acordo com o relatório da ONG Vegans International Voice for Animals, fundada em 1994 no reino Unido, publicado no Viva!’s White Lies: “No Reino Unido, metade de todas as mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão uma fratura, este nível de risco é comum em muitos países ocidentais.

“Este simples fato derruba o antigo mito de que a osteoporose é causada pela deficiência de cálcio, porque as nações que consomem mais leite de vaca e outros derivados lácteos possuem também as maiores taxas de osteoporose e fratura de quadril”, denuncia o relatório.

O cálcio também pode ser ingerido a partir de fontes não lácteas como brócolis, couve e nozes, que são uma boa opção. Frutas secas, grãos, principalmente amêndoas e castanhas, derivados de soja como tofu também contêm cálcio.

5. Não existem boas alternativas ao leite de vaca

Esta é uma mentira das mais preguiçosas, mas é uma das mais espalhadas pelo lobby de indústria láctea.

O setor de produtos alternativos ao leite está em expansão, há produtos novos e inovadores chegando às prateleiras, e um valor de receita global previsto para ultrapassar US $ 21 bilhões até 2024, segundo pesquisa da Global Market Insights.

Na verdade, conforme as alternativas ao leite crescem, as vendas deste produto devem cair 11% até 2020. Um número robusto de consumidores está optando por leite de plantas pois além de serem deliciosos são mais ecológicos e não envolvem crueldade animal como roubar leite de vacas.

6. Beber leite pode ajudar a perder peso

O leite tem sido comumente apontado como parte importante de um regime de perda de peso, sem evidência alguma que sustente tal afirmação.

De acordo com o Dr. Neal Barnard, fundador do Physicians Committee (Comitê Médico na tradução livre): “Os estudos mostram consistentemente que os produtos lácteos oferecem zero benefícios para o controle de peso, ao contrário disso. Um estudo de fundamental importância descobriu que os laticínios podem levar ao ganho de peso”.

Uma petição realizada Physicians Committee foi enviada ao Federal Trade Committee abordando essa questão em 2005. Após isso, os anunciantes foram proibidos de anunciar laticínios como coadjuvantes na perda de peso. Infelizmente a ideia ainda persiste em alguns círculos.

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