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Japão mata mais de 120 baleias grávidas em caça anual

31 de maio de 2018
2 min. de leitura
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Um grupo de defesa dos direitos animais expressou indignação frente ao massacre promovido pelo programa baleeiro do Japão. Graças a ele, mais de 120 baleias grávidas foram mortas no ano passado durante a Caçada Anual de Verão na Antártica.  

Cadáver de baleia com diversos homens em volta e alguns arpões enfiados na carcaça
O Japão alega que o massacre ocorre para fins de pesquisa. Foto: Divulgação

Os números mais recentes mostram que 333 baleias-de-minke foram assassinadas no verão passado. Desse número, 122 eram baleias grávidas.

A caçada anual de verão durou 143 dias e matou 61 machos imaturos e 53 fêmeas imaturas. De acordo com documentos da reunião do comitê científico da Comissão Internacional da Baleia, 114 baleias foram mortas antes de seu período reprodutivo. Isso é extremamente prejudicial à espécie, podendo até levar à extinção do animal. 

O Japão descreve o massacre como “amostragem biológica”que permite o exame do ecossistema marinho antártico. Entretanto, é permitido que a carne da baleia seja vendida nos mercados de comida japonesa, colocando em cheque a finalidade da matança. Recentemente o país declarou que ainda pretende assassinar cerca de 4000 baleias na próxima década.

A Corte Internacional de Justiça decidiu em 2014 que o programa de baleação antártica do Japão, o JARPA II, era ilegal, mas o Japão não reconhece mais o tribunal como um árbitro de disputas sobre baleias, informou o Maritime Executive.

Tony Burke, antigo ministro australiano do meio ambiente, também pediu o fim da caçada anual. “Não há nada científico sobre arpoar uma baleia grávida, cortá-la e colocá-la em um prato. A posição do Japão sobre isso é absurda e o governo australiano não deve ficar em silêncio”, disse ele. 

Além das baleias, autoridades japonesas autorizaram os caçadores de golfinhos a matar duas espécies adicionais em 2017. Graças a isso, a lista de golfinhos que também sofrem com chacina subiu para 10 espécies. Ironicamente, o pedido para incluir mais espécies, veio de pescadores, e não pesquisadores.

 

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