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Caça enlatada: 19 leões são mortos a tiros na África do Sul

1 de maio de 2018
3 min. de leitura
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A África do Sul é considerada um dos principais destinos para a caça de leões criados em cativeiro, em prática conhecida como ‘caça de troféus’, que é como são vistos os animais. O país, infelizmente, é o maior exportador ‘legal’ do mundo de ossos e esqueletos de leão.

Conforme informações do World Animal News, existem atualmente cerca de 6 a 8 mil leões mantidos em cativeiro em mais de 200 instalações de reprodução em toda a África do Sul.

Cerca de 19 leões foram mortos a tiros na última semana e mais 80 estão prestes a ser assassinados para o comércio de ossos na África do Sul (Foto: iStock)
Cerca de 19 leões foram mortos a tiros na última semana e mais 80 estão prestes a ser assassinados para o comércio de ossos na África do Sul (Foto: iStock)

As indústrias de criação de leões comerciais e de caça do país cresceram ao longo dos anos. Recente comunicado da Africa Geographic revelou que “estudos científicos recentes mostram que entre 2008 e 2015, o Departamento de Assuntos Ambientais (DEA) emitiu licenças para a exportação de mais de 5 mil esqueletos de leões, quase 98% dos quais foram para Laos e Vietnã – locais centrais para o comércio selvagem ilegal e tráfico de animais. Em 2017, a DEA aprovou uma cota de exportação de 800 esqueletos de leões criados em cativeiro”.

A Blood Lions, instituição que luta contra a caça desses animais, se manifestou via Facebook: “Mais de 80 leões estão prestes a serem mortos na África do Sul para o comércio de ossos de leão. Assim que a cota de ossos de leão da África do Sul entrar em vigor, é provável que leões de todo o país sejam, na verdade, transferidos para fazendas que atuarão como pontos de coleta”.

A denúncia da organização revelou também, no post do Facebook da Blood Lions, que, somente na semana passada, 19 leões foram mortos e mais de 80 leões foram oferecidos para serem mortos nesta semana.

De acordo com as informações da instituição, essas licenças foram aparentemente concedidas sob cláusulas de morte induzida, mas os 19 animais foram baleados com um rifle.

“Desde o início, a [instituição] Blood Lions se opuseram à emissão de uma cota de ossos de leão, já que a cota pode muito bem se tornar um dos principais impulsionadores da criação. É possível que a caça se torne um subproduto da indústria de ossos”, denunciou a Blood Lions ainda via Facebook.

A realidade brutal é que a África do Sul já está cultivando leões em âmbito quase industrial, e os envolvidos estão no caminho para tentativas de domesticar a espécie. Sendo assim, todos os esforços e apelos provenientes de todos os lugares do mundo são válidos, desde que a tentativa de salvar esses animais selvagens e pôr fim ao tráfico e à caça destes animais ainda esteja viva.

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