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Égua explorada por hípica foge e é atropelada três vezes no RJ

13 de abril de 2018
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Uma égua explorada pelo Jockey Club Brasileiro, localizado na Gávea, no município do Rio de Janeiro, fugiu e foi atropelada três vezes.

Égua sofreu traumatismo craniano (Foto: Yuri Apoena/Tv Globo)

De acordo com agentes da CET-Rio, o animal foi atingido por um motociclista e, em seguida, foi atropelado por um carro enquanto corria pela Av. Borges de Medeiros. Por fim, outro veículo o atropelou nas proximidades do Túnel Rebouças.

A médica veterinária do Jockey Club, Cristina Vieira, afirmou que a égua, que tem dois anos de idade, está em estado estável. “O Jockey conseguiu fazer o resgate dela com uma ambulância específica, ela está sendo monitorada. Mas precisa conseguir ficar em pé, estamos tentando hidratá-la. Toda a equipe de veterinários do Jockey está aqui e ela está respondendo a estímulos”, afirmou.

O diretor veterinário da Federação Equestre do Estado do Rio de Janeiro, Alceu Cardoso, que participou do resgate e avaliou o estado de saúde da égua, contou que Mary Happy, como é chamada, fugiu da hípica enquanto passeava com um tratador.

“Ela estava sendo conduzida pelo tratador em um passeio regular pelo Jockey quando fugiu. Aí aconteceu tudo isso. Ela está com algumas escoriações, sofreu um traumatismo craniano, mas não há nenhuma fratura aparente. Por enquanto ela está sedada, mas está relinchando, o que é um bom sinal”, concluiu.

Nota da Redação: o Jockey Club Brasileiro realiza corridas de cavalos e, portanto, é uma instituição que explora os animais em troca de lucro. A ANDA repudia veementemente qualquer atividade que, travestida de esporte, promova a exploração animal. Um ato no qual não há consentimento por parte do animal, que é forçado a obedecer a comandos, não deve, em hipótese alguma, ser visto como algo pertencente ao ramo esportivo. Estudos comprovam que o peso da pessoa que monta no animal prejudica a coluna do cavalo ou égua e que o freio – colocado na boca do animal – também é prejudicial, já que, ao ser usado, comprime a língua, causando dor. A cela também gera desconforto no animal, já que a pele do cavalo tem muitas terminações nervosas e, sendo assim, é sensível. Desta forma, é lamentável não só o fato da égua ter se acidentado em três atropelamentos, mas também a exploração a qual ela é constantemente submetida, sem ter o direito de viver livremente, realizando as atividades as quais tem interesse ao invés de obedecer ordens.

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