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OAB faz ação de conscientização após casos de leishmaniose em Suzano (SP)

29 de abril de 2018
4 min. de leitura
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Os cinco casos confirmados de leishmaniose em cães preocupam os moradores de Suzano. O problema já envolveu também a Comissão de Proteção e Defesa do Animal da OAB da cidade e amostras foram coletadas de outros 100 animais para análise no Instituto Adolf Lutz.

A doença é transmitida pelo mosquito palha e pode matar animais e seres humanos. De acordo com a Vigilância de Zoonoses da Secretaria de Saúde do município de Suzano,em São Paulo, os cinco animais diagnosticados com a doença pertenciam a um único tutor. Eles viviam no Distrito de Palmeiras e o guardião dos cães costumava levá-los para viagens.

Doença atinge cachorros e seres humanos (Foto: Osvaldo Palota/ Divulgação)
Doença atinge cachorros e seres humanos (Foto: Osvaldo Palota/ Divulgação)

A Prefeitura informou que um deles morreu por causa da doença e outro foi atropelado. No caso dos outros três, segundo a administração municipal, o tutor optou pela morte induzida, que foi feita pela Secretaria de Saúde.

O órgão público ainda afirma que o mosquito não é encontrado na cidade há mais de uma década. Porém, o veterinário Edson Rodrigues disse que há a suspeita que os animais tenham contraído a doença na região.

Além disso, foram coletadas amostras de outros 100 animais para exames no Instituto Adolf Lutz. Segundo a Prefeitura, esta medida é um protocolo de prevenção e não significa que haja suspeita da doença nestes animais. A Prefeitura afirma que os animais que foram submetidos a exames não apresentam sintomas da doença. Por enquanto, o resultado dos exames ainda não saíram.

Prevenção

A Comissão de Proteção e Defesa Animal da OAB de Suzano está preocupada com os casos em que os animais foram mortos e, por isso, fará um trabalho de orientação no Distrito de Palmeiras. “Temos feito a campanha através da distribuição de panfletos e queremos conscientizar os moradores que a morte induzida não é um meio eficaz e que existe tratamento”, conta a presidente da comissão, Ariana Anari Gil.

Ariana diz que o poder judiciário pode ser acionado para assegurar o direito do animal. “As pessoas não podem achar que o cão transmite a doença, isso não é verdade. Além dessa conscientização, nós vamos acompanhar o trabalho das análises porque queremos saber como tem sido feita a coleta, o armazenamento nos frasco até o envio para o Instituto Adolf Lutz. Nós solicitamos por meio de ofício para acompanhar esse processo por que recebemos informações que a identificação não está sendo feita de maneira correta”, finaliza.

A administração municipal informou também que os agentes de fiscalização de Zoonoses estão trabalhando na região onde foram detectados os casos para alertar tuores de animais sobre os riscos de contaminação, além de orientar sobre os cuidados necessários para prevenção.

Sobre o procedimento de coleta de material para análise, a Prefeitura disse que é realizado “de acordo com normas técnicas e sanitárias da Sucen – a Superintendência de Controle de Endemias e do próprio Instituto Adolfo Lutz”.

Leishmaniose

A leishmaniose não é contagiosa, nem passa de um animal para o outro. A única forma de transmissão é pela picada do mosquito palha infectado, que também transmite a doença para as pessoas.

Os sintomas da doença nos animais são descamação seca e nódulos na pele, pelos quebrados, febre, atrofia muscular, fraqueza, falta de apetite, vômito, diarreia e sangramentos.

Fonte: G1

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