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Pesquisa mostra que consumo de carne aumenta risco de câncer colorretal

30 de março de 2018
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A pesquisa revelou que os nitratos usados para curar as carnes podem liberar substâncias químicas que elevam o o risco de câncer colorretal, segundo o Digital Journal.

Foto: Livekindly

O estudo, concluído na Queen’s University Belfast, no Reino Unido, descobriu uma “ligação direta entre nitratos utilizados para produzir bacon e produtos químicos perigosos denominados nitrosaminas”, explicou o Digital Journal.

O efeito carcinogênico das nitrosaminas foi analisado em estudos anteriores e descrito como uma “preocupação mundial”. As nitrosaminas têm sido associadas ao câncer gástrico e esofágico, à doença de Parkinson, à diabetes, à doença hepática, à obesidade e ao mal de Alzheimer.

Curar a carne visa diminuir a taxa de deterioração. Incluir nitratos ou nitritos é um modo de fazer isso. Os aditivos são fontes de compostos N-nitroso, “que são substâncias cancerígenas conhecidas”, disse o Digital Journal.

O pesquisador-chefe do estudo, o professor Chris Elliott, declarou que a pesquisa mais recente comprovou que existe uma ligação direta entre os nitratos e a formação de nitrosaminas, que possuem propriedades que causam o câncer.

“Isso significa que quando as pessoas ingerem bacon – que atualmente é curado com nitritos no Reino Unido – elas podem aumentar o risco de ter câncer”, concluiu.

As descobertas juntam-se ao crescente banco de pesquisas que relaciona o consumo de carne a diversos tipos de câncer. O documento destacou a Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer, que divulgou a mesma conclusão em relação à carne processada e ao câncer. A organização sugeriu que, para cada porção de 50g de carne processada consumida por dia (aproximadamente duas fatias de bacon), o risco de contrair câncer colorretal aumenta em 18%, segundo o Livekindly.

O consumo de carne vermelha processada tem sido associado a um crescimento de 70% do risco de desenvolver câncer retal. Outra pesquisa mostrou que a carne processada aumenta o risco de desenvolver câncer de mama.

Elliott ressaltou que “estima-se que mais de 50% dos casos de câncer de intestino são evitáveis e mudanças no estilo de vida, como uma melhoria na dieta, podem contribuir”. Os pesquisadores disseram que as alternativas vegetais, como os polifenóis do chá verde, devem ser consideradas para preservar e aumentar a qualidade dos alimentos. Elliott disse que as alternativas naturais poderiam ajudar a reduzir o o risco de câncer e devem ser mais investigadas.

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