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Maior mineradora de carvão do mundo acredita que energias renováveis serão o futuro

3 de março de 2018
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A Coal India, empresa de mineração estatal que produz 80% do carvão do país, divulgou um novo relatório, “Coal Vision 2030”, no qual descreve como deve ser a indústria em 2030.

Foto: World Coal Association

 

A mineradora diz aos acionistas que, no caso do carvão indiano, “as tendências mostram que, em longo prazo, a demanda provavelmente cairá substancialmente”.

“Com a crescente ameaça das mudanças climáticas que prejudicam a humanidade (independentemente da posição dos EUA) e o foco do financiamento global nas energias renováveis, é uma questão de tempo para que a energia alternativa afaste o carvão”, aponta o relatório.

A análise lista diversos eventos globais e domésticos que aumentaram as dúvidas sobre o futuro do produto. Alguns deles são o desenvolvimento de tecnologias de energia solar e de armazenamento, os compromissos da COP21 pela Índia e a redução aparente no consumo mundial de carvão.

Embora o carvão ainda seja a principal fonte de combustível da Índia, o relatório ressalta que “em meio a uma mudança, é muito difícil para alguém imaginar sua escala e, muitas vezes, a maioria das pessoas permanece em um estado de negação até que a mudança esteja sobre elas”.

O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu obter 40% da eletricidade da Índia a partir de fontes não-fósseis (que inclui a energia renovável, nuclear e hidrelétrica) até 2030, segundo o Ecowatch. O governo quer triplicar a capacidade de energia renovável para atingir 175 gigawatts até 2022. A Autoridade de Eletricidade Central da Índia não irá autorizar a construção de novas usinas de carvão em 2022.

Porém, o relatório Coal Vision 2030 sugere que o futuro da Índia permanecerá relacionado ao carvão. Mesmo que o documento aponte as fontes renováveis e o armazenamento como “substitutos fundamentais” do carvão futuramente, a Coal India ainda espera que a demanda pelo combustível seja algo entre 1300 e 1900 milhões de toneladas em 2030.

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