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“Em certas comunidades étnicas é uma tradição ter carne de cabras ainda bebês durante o feriado de Páscoa”

7 de março de 2018
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“Muitas vezes, ficamos no portão ouvindo os nossos cabritos chorando enquanto eles eram levados embora” (Foto: Vermont Public Radio)

“Aumentamos o rebanho de cabras e começamos a vender leite de cabra. O infeliz subproduto disso é: ‘O que fazer com todas as crianças?’

“Em certas comunidades étnicas é uma tradição ter carne de cabras ainda bebês [cabritos] durante o feriado de Páscoa. Aqueles de descendência portuguesa e grega que conheciam nossa fazenda nos procuravam nesse período. Nós pesávamos os pequenos de 11 a 15 quilos e os clientes pagavam. Eles então eram recolhidos e jogados na parte de trás do porta-malas ou na carroceria de uma caminhonete como se fossem pedaços de bagagem. Esses bebês olhavam nos meus olhos com confiança, admiração e medo. Jim e eu sabíamos o destino deles. Trabalhando com laticínios a vida toda, Jim tentava endurecer as minhas emoções. […] Muitas vezes, ficamos no portão ouvindo os nossos cabritos chorando enquanto eles eram levados embora. Foi em um daqueles momentos terríveis que Jim e eu nos olhamos de esguelha e decidimos começar a nossa jornada a favor da vida.”

Depoimento de Cheri Ezell-Vandersluis, do Maple Farm Sanctuary, nos Estados Unidos.

Referência

Maple Farm Sanctuary

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