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Gelo marinho do Ártico tem segundo menor nível registrado

28 de março de 2018
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A cobertura de gelo do Ártico atingiu 14,48 milhões de quilômetros quadrados neste ano, que é o segundo menor nível já registrado segundo cientistas da NASA.

Foto: WWF

O gelo marinho no Ártico chegou a sua extensão máxima anual em 17 de março, cerca de 60 mil quilômetros quadrados maior do que o recorde máximo de 7 de março de 2017.

“A cobertura de gelo do Ártico continua em uma tendência decrescente e isso está conectado ao aquecimento contínuo do Ártico”, disse Claire Parkinson, cientista sênior do Centro Espacial Goddard, da NASA, nos EUA.

Os últimos quatro anos tiveram extensões máximas quase similarmente baixas e deram continuidade à tendência de décadas de diminuição do gelo marinho na região. Uma análise do Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo (NSIDC) da NASA, a extensão máxima deste ano foi 1,16 milhões de quilômetros quadrados abaixo da extensão máxima média entre 1981 e 2010.

Todos os anos, a cobertura de gelo marinho do Oceano Ártico e dos mares próximos aumenta durante o outono e o inverno, atingindo sua extensão máxima anual entre o final de fevereiro e o início de abril, segundo a NASA. O gelo diminui durante a primavera e o verão até chegar a sua extensão mínima anual em setembro. O gelo marinho do Ártico tem caído durante as estações de crescimento e derretimento nas últimas décadas, segundo a NASA.

Segundo o Financial Express, o declínio possui diversos efeitos, desde mudanças climáticas até impactos sobre as plantas, animais e indígenas dependentes do gelo. O desaparecimento do gelo também está altera as rotas marítimas, aumenta a erosão costeira e prejudica a circulação oceânica, informa a agência espacial norte-americana.

O Ártico passou por episódios de aquecimento contínuos neste inverno e as temperaturas aumentaram mais de 40 graus acima da média em algumas regiões. O Polo Norte teve temperaturas acima do ponto de congelamento por alguns dias em fevereiro. Em meados de março, as temperaturas mais baixas e os ventos afetaram a borda da camada de gelo marinho e resultaram em um crescimento tardio do gelo que quase alcançou a extensão máxima dos últimos anos.

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