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Mais de 5 mil filhotes de tartaruga ganham liberdade após passarem por 'berçário'

23 de dezembro de 2017
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Um grupo de pesquisadores e voluntários criou um berçário para proteger filhotes de tartarugas no Parque Estadual do Cantão, no Tocantins. Encontro do cerrado, Amazônia e pantanal, a região é rica em quelônios. Só que além das ameaças naturais, os animais também são alvo da pesca e poucos sobrevivem. Em junho deste ano, por exemplo, mais de 300 tartarugas foram encontradas com dois homens, multados em quase R$ 2 milhões.

O projeto Quelônios do Tocantins é desenvolvido por pesquisadores e voluntários e existe no Tocantins há 22 anos. “Se nós não fizermos alguma coisa, num período de tempo bem curto, com certeza vai acabar essa espécie, que é fundamental pro equilíbrio ecológico dessa região aqui”, disse o coordenador do projeto, Luciano Czapski.

Nas praias do rio Araguaia, técnicos do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) vigiam os ninhos e retiram as tartaruguinhas que acabaram de nascer das covas na areia. “Se a gente continuar com esse projeto e com a conscientização de muitos, a gente tem como ganhar essa luta”, comentou o técnico Dalmi Abreu.

Divulgação

Os filhotes são levados para um berçário no próprio rio, protegidos por telas. As tartarugas passam cerca 30 dias no local antes de ganhar liberdade. Na semana passada, mais de 5 mil foram para natureza.

Ao sair das caixas de isopor, as tartaruguinhas correm direto para a água, mas algumas ainda precisam de ajuda. “Elas estavam meio dormindo, preguiçosas. Tive que ficar desvirando, né? Empurrando elas pra lá, mas elas tão indo agora, tão terminando de ir. Acho que vai dar certo”, disse a estudante Beatriz Carreira.

Segundo os responsáveis pelo projeto, geralmente apenas 1% das tartarugas sobrevive depois de levadas rios da região. O projeto quer aumentar o índice para 13%. “Quando a gente verifica as tartaruguinhas lutando, brigando para sobreviver, procurando seu habitat, nós ficamos satisfeitos”, pontua o vice-presidente do Naturatins, Edson Cabral.

“Somos todos parte do mesmo planeta, né! Então somar aqui e somar na minha cidade vai tá somando com toda a humanidade de alguma forma, né?”, diz a estudante Gisele Cerezoli.

Fonte: G1

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