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Designer cria primeira lâmpada alimentada pela fotossíntese de plantas

26 de novembro de 2017
2 min. de leitura
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Foto: TEDxAmsterdam, Twitter

A luz viva não necessita de uma tomada elétrica e pode reabastecer sua energia por meio do processo fotossintético da planta. Isso significa que o potencial desta fonte elétrica pode ser “enorme”, aponta Van Oers.

“As luzes das ruas poderiam ser conectadas às árvores. As florestas poderiam se transformar em usinas de energia. Campos de arroz na Indonésia poderiam produzir alimentos e eletricidade para a população local”, disse ela.

A designer já está utilizando a tecnologia em espaços públicos e está trabalhando com a cidade holandesa de Roterdã para iluminar um parque.

O Living Light descreve como ocorre esse processo:  “Em uma célula de combustível microbiana da planta, a energia solar é transformada em eletricidade de forma natural. As plantas utilizam a luz solar para a fotossíntese, produzindo compostos orgânicos. Uma parte desses compostos é passivamente liberada por meio das raízes no solo. As bactérias naturalmente quebram a matéria orgânica e liberam elétrons e prótons. A célula de combustível microbiana da planta é formada por um compartimento ânodo que captura os elétrons. Os elétrons são transferidos por um fio para o cátodo. O fluxo de elétrons de ânodo para o cátodo pode ser utilizado como eletricidade. O sistema é aplicável a todo tipo de plantas que vivem em solo úmido”.

Segundo o Ecowatch, Van Oers, que desenvolveu o produto com o grupo de pesquisa holandês de energia vegetal Plant-e, falou sobre o tema no TEDxAmsterdam.

“O que é mais belo do que obter eletricidade de plantas vivas? Seu ambiente é capaz de gerar eletricidade enquanto você ainda pode apreciar a natureza”, disse Marjolein Helder, CEO da Plant-e.

No seu estado atual, a luz viva só pode produzir uma pequena quantidade de energia, explicou Van Oers. A lâmpada requer um dia para produzir energia suficiente para uma carga de meia hora.

Ainda assim, a designer possui grandes ambições para o produto.

“Espero que alcancemos um ponto em que cada vaso de plantas tenha esta tecnologia. As plantas são parte do nosso sistema de energia. A natureza terá um valor econômico maior e começaremos a criar mais lugares verdes para que a biodiversidade consiga florescer e, simultaneamente, diminuindo as emissões de gases de efeito estufa”, finaliza.

Ela planeja enviar 50 lâmpadas até o início de 2018.

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