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Investigação mostra a vida trágica dos animais explorados em testes

11 de setembro de 2017
3 min. de leitura
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Documentos obtidos por ativistas revelam que o experimentador irá torturar 860 camundongos durante três anos e irá sugerir que os camundongos não recebam nenhum medicamento para aliviar a dor no período pós-operatório. Conforme morrem lentamente devido aos testes, os animais experimentam dor aguda, febre, calafrios e dificuldades respiratórias.

Pesquisador observa camundongos em laboratório
Foto: Reprodução, Independent

O National Institute of General Medical Sciences ofereceu mais de US$ 1,4 milhão dos contribuintes norte-americanos para este absurdo. Todos os anos, surgem mais de um milhão de novos casos de sepse nos EUA e metade dos pacientes não sobrevive. São necessários melhores tratamentos, mas ninguém irá descobri-los explorando camundongos.

Em 2013, um estudo fundamental publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences concluiu que os resultados de experimentos de sepse em camundongos não podem ser aplicados aos seres humanos porque as respostas genéticas são muito diferentes.

O estudo, que foi realizado ao longo de uma década e envolveu dezenas de pesquisadores, foi tão crucial que Francis Collins, diretor dos Institutos Nacionais de Saúde, escreveu um artigo sobre o tema.

Ele lamentou as “150 drogas que trataram com sucesso esta condição em camundongos” que “posteriormente falharam em ensaios clínicos em humanos – uma perda dolorosa de décadas de pesquisa e bilhões de dólares”.

“Não surpreende que as drogas projetadas para os camundongos tenham falhado nos seres humanos: Elas estavam, de fato, tratando diferentes condições”, afirmou.

Uma investigação da PETA descobriu que os camundongos sépticos foram deixados para definhar em agonia e ficaram tão doentes que não conseguiam se mover, revelou a Alternet.

O Pitt’s Institutional Animal Care and Use Committee (IACUC) – o órgão de supervisão determinado pelo governo federal e encarregado – aprovou essas experiências, que usam o dinheiro dos contribuintes para provocar um sofrimento extremo e que não irão ajudar ninguém.

A IACUC nem sequer conseguiu garantir que os pesquisadores da universidade adotem protocolos que estabelecem quando um animal deve ter a morte induzida para evitar o sofrimento “desnecessário”.

Os autores do estudo de 2013 sobre sepse fizeram uma recomendação para os pesquisadores: “Afastem-se dos camundongos e, ao invés disso, se concentrem em métodos de pesquisa relevantes e humanos.

Alguns médicos conseguiram resultados impressionantes ao tratar pacientes com sepse com vitamina C intravenosa, ainda que seja preciso realizar mais estudos para confirmar a eficácia desse tratamento.

Pelo menos isso não foi testado em camundongos que, ao contrário dos humanos, desenvolvem sua própria vitamina C, e dá-la a eles não altera seus níveis circulantes de maneira significativa. Por isso, a vitamina C provavelmente não teria tido nenhum efeito benéfico sobre eles.

O tratamento teria sido descartado e considerado ineficaz: uma conclusão equivocada, assim como no caso das 150 drogas que foram consideradas um sucesso porque funcionaram em camundongos, mas que não ajudaram os pacientes humanos com sepse.

É urgente que a universidade e outros laboratórios deixem os camundongos e outras espécies em paz e adotem métodos de pesquisa sem animais que deem uma esperança verdadeira aos pacientes.

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