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Glaucoma também pode atingir cães

14 de setembro de 2017
3 min. de leitura
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Divulgação

O glaucoma em cães é um grave problema de saúde ocular que frequentemente causa cegueira no olho afetado. Basicamente, acontece quando os fluidos do olho não circulam ou não são drenados corretamente, ficando então acumulados e causando pressão dentro do globo ocular. Mais da metade dos cães que desenvolve glaucoma em um dos olhos, mesmo quando tratados correta e eficazmente, tende a desenvolver sintomas no outro olho.

Como afeta os cães

Em condições normais de funcionamento ocular, o fluido, chamado de humor aquoso, escorre lentamente entre a íris (a parte colorida) e a córnea (a capa transparente que cobre a íris e a pupila) e é quem dá aos olhos a aparência arredondada. O humor aquoso também regula e mantém estável a pressão intraocular. Quando ele é produzido mais rápido do que o olho consegue circular ou drenar, aumenta de volume e gera um grande aumento de pressão intraocular, afetando a retina (a parte do olho que processa a luz) e também podendo desgastar o nervo ótico.

Dois tipos

Existem dois tipos de glaucoma em cães: o primário e o secundário. O primário pode ser mais fácil de prever, já que é majoritariamente uma condição de herança genética (por isso também é chamado de glaucoma congênito). Embora o glaucoma primário em cães possa ser encontrado em quase todas as raças, afeta a algumas mais do que a outras. Alguns exemplos são os akitas, pugs, basset hounds, beagles, bullmastiffs, chow chows, dálmatas, dogue alemães, poodles, schnauzers, shar peis, shih tzus, huskies siberianos e cocker spaniels.

Raças com tendência

Estas são algumas raças com tendência ao glaucoma primário já são comuns no Brasil, encontradas disponíveis para compra e para adoção. Cães mestiços ou sem raça definida, mas que descendem de uma ou mais raças com tendência ao glaucoma primário, podem apresentar a mesma tendência à doença. Todos esses animais citados (de raças puras ou cruzadas entre si) têm mais chances de desenvolver glaucoma, então é importante que nas consultas periódicas ao médico veterinário, o profissional inclua um exame nos olhos para acompanhar possíveis mudanças na saúde ocular. Como poucos fazem este acompanhamento, cabe a nós, responsáveis pelos animais, pedir que realizem os exames para prevenir ou diagnosticar o problema precocemente.

Mais comum

O glaucoma secundário é, de longe, a variedade mais comum da doença a atacar os cães. No termo, a palavra “secundário” quer dizer que o excesso de pressão intraocular teve uma origem secundária, geralmente externa, que pode ser qualquer tipo de trauma ou lesão no olho que passe a impedir que o fluido seja drenado normalmente.

Sintomas

Os sintomas são consistentes, não importando se o glaucoma é primário ou secundário. Fique de olho se o cachorro estiver com produção excessiva de lágrima, piscando em exagero ou coçando os olhos ou a cabeça, inclusive levando as patas dianteiras aos olhos, o que pode indicar dor de cabeça ou nos olhos. Você também pode notar um olho saliente por causa do acúmulo de líquido e vermelhidão da esclera (parte branca dos olhos) ou nebulosidade na parte do olho coberta pela córnea, no sentido da íris para a pupila. Infelizmente, quando estes sintomas são visíveis, geralmente o cão já pode estar experimentando a deterioração do nervo ótico e perdendo a visão.

Fontes: ND Online

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