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Investigação revela falhas no registro de gases de efeito estufa

14 de agosto de 2017
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Porém, as apresentações submetidas ao registro da ONU contêm “apenas uma pequena quantidade da substância que está sendo emitida”.

Emissão de gases de efeito estufa
Foto: Shutterstock

Os pesquisadores acreditam que os gases que não são registrados nos inventários oficiais são mais ameaçadores para o Acordo Climático de Paris do que a intenção do presidente dos EUA, Donald Trump, de se retirar do acordo.

A investigação revelou que cientistas suíços registraram amostras de um gás potente chamado HFC-23 – produzido por frigoríficos e unidades de ar condicionado – originários de um local no norte da Itália entre 2008 e 2010 e os dados foram publicados em 2011.

Entretanto,  ela afirma que cientistas na estação de monitoramento de ar suíça da Jungfraujoch sugerem que o gás ainda é emitido na atmosfera, revela o Energy Live News.

Stefan Reimann, dos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais, disse à BBC: “Nossa estimativa para esta localidade na Itália é de cerca de 60 a 80 toneladas dessa substância que tem sido emitida a cada ano. Podemos comparar isso ao inventário de emissões italiano e isso é bastante interessante porque o inventário oficial diz abaixo de 10 toneladas ou em torno de duas a três toneladas”.

“Eles realmente dizem que está ocorrendo, mas não acreditam que está acontecendo tanto quanto observamos. Apenas para colocar isso em perspectiva, esse gás de efeito estufa é milhares de vezes mais forte que o CO2″, completa.

A agência italiana do meio ambiente disse que não aceitou os números suíços, pois seu inventário estava correto e cumpriu os regulamentos da ONU.

A investigação também afirma que a quantidade de emissões da China e da Índia é “incerta e que os especialistas dizem que seus registros são mais ou menos 100%”.

O documento acrescenta que existem grandes incertezas nos inventários de emissões de carbono, especialmente nos países em desenvolvimento.

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