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Reino Unido proíbe cosméticos com microplásticos para combater a poluição marinha

25 de julho de 2017
2 min. de leitura
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Após uma consulta pública, o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra) declarou que uma proibição seria introduzida em relação a microplásticos em cosméticos “de enxague” e produtos de higiene pessoal, como pasta de dentes.

Escova de dentes
Foto; Getty

Embora itens como maquiagem e protetor solar não sejam afetados, os ministros pediram a um comitê de especialistas para examinar se esses e outros produtos deveriam ser proibidos.

A indústria de cosméticos queixou-se da dificuldade e do custo envolvidos na reformulação dos produtos.

As microesferas que podem ser substituídas por alternativas naturais, são apenas um tipo de poluição microplástica dos oceanos que desperta uma grande preocupação devido aos efeitos nocivos sobre os animais marinhos.

Michael Gove, o Secretário do Meio Ambiente, disse que havia uma séria ameaça para a vida selvagem e se comprometeu a “explorar novos métodos de redução da quantidade de plástico – particularmente garrafas de plástico – entrando nos nossos mares”.

Louisa Casson, ativista no Greenpeace do Reino Unido, manifestou sua satisfação com a decisão que exigirá uma nova legislação, informou o Independent.

“O governo do Reino Unido acaba de propor a maior proibição de microesferas no mundo até agora.  Esta é uma ótima notícia para o nosso meio ambiente e um indício positivo da liderança global da Grã-Bretanha sobre os plásticos nos oceânicos”, afirmou.

Ela aplaudiu a decisão de investigar uma medida ainda mais severa e outras ações para reduzir a poluição causada pelo plástico.

“É crucial que os ministros tenham deixado a porta aberta para aprofundar a abolição no futuro. Para alcançar uma proibição totalmente abrangente que abarque todos os produtos, precisamos que as empresas sejam muito mais transparentes sobre quando seus produtos contêm microesferas danosas”, disse Casson.

“Agora que os ministros reconheceram a necessidade generalizada de acabar com os plásticos nos oceanos, eles devem tomar medidas rápidas para combater a montanha de garrafas de plástico que ameaçam nossos oceanos, introduzindo um esquema de retorno de depósito”, acrescentou.

Tanya Steele, diretora-chefe da WWF-UK, também comemorou a decisão, embora de maneira menos efusiva.

“A proibição de microesferas é um começo importante para enfrentar as milhões de toneladas de plásticos que acabam nos oceanos todos os anos. Ela deve ser tão extensa quanto for possível, para abarcar todos os produtos: não deve haver brechas ou isenções. As criaturas oceânicas não distinguem entre os diferentes cosméticos”, destacou.

Steele instou para que todos se envolvam nos esforços para reduzir a poluição gerada por resíduos plásticos.

“Os plásticos agora derramam muitas das nossas costas e nossos oceanos. O prejuízo à vida marinha é facilmente percebido com a descoberta frequente de pássaros, peixes, tartarugas e mamíferos marinhos que ingeriram resíduos plásticos, o que agrava a perda atual de vida selvagem global. A ação também precisa ser adotada por todos na cadeia de suprimentos para reduzir, reutilizar e reciclar, inclusive por consumidores”, finalizou.

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