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Recifes de corais em áreas de Patrimônio Mundial podem morrer até 2040

12 de julho de 2017
2 min. de leitura
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De acordo com um novo estudo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), os recifes de corais do Patrimônio Mundial correm o risco de desaparecer completamente até 2040, caso as emissões de carbono não sejam reduzidas o suficiente para reduzir o aquecimento dos oceanos.

Recife de corais
Foto: Travel Channel

A pesquisa, que é a primeira análise global de recifes em todo o planeta, descobriu que, das 29 áreas do recife do Patrimônio Mundial, pelo menos 25 sofrerão graves eventos de branqueamento até 2040.

“Observar o dano que tem ocorrido tem sido desolador. O aquecimento deve exceder a capacidade dos recifes para sobreviver dentro de uma a três décadas na maioria dos locais do Patrimônio Mundial”, diz Mark Eakin, especialista em recifes da NOAA, principal autor do documento.

Os seres humanos e os animais dependem tanto dos recifes de corais quanto de alimento e abrigo. Embora ocupem menos de 1% do fundo oceânico, eles são o habitat de um milhão de espécies e protegem as costas da erosão causada por tempestades tropicais, de acordo com o Nature World News.

Ruth Gates, diretora do Instituto de Biologia Marinha do Havaí, aponta  que o branqueamento de corais deve causar uma redução nos estoques de alimentos, falta de proteção costeira e erosões terrestres e que as pessoas prejudicadas nessas áreas terão que se mudar.

Mesmo que essas sejam projeções para o futuro, os cientistas notaram que 25 recifes sofreram graves eventos de branqueamento nos últimos três anos, o evento mais grave até o momento.

A Grande Barreira de Corais, na Austrália, foi especialmente impactada, assim como as Seychelles, em Nova Caledônia, no Leste do país.

“Estamos vendo danos verdadeiramente catastróficos em muitos sistemas de recifes em todo o mundo. O impacto sobre a Grande Barreira de Recifes que vimos é maior que qualquer coisa que notamos nos últimos 20 anos”, disse Eakin.

Outras consequências do branqueamento incluem a inundação de fontes de água doce por água salgada em ilhas baixas, como Kiribati, uma série de ilhas no centro do oceano Pacífico.

A perda de corais somada à indústria da pesca acarretará a escassez de peixes.

Heron diz que a solução precisa envolver mais pessoas relacionadas à  ciência dos projetos atuais sobre aquecimento global e branqueamento de corais e o trabalho para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

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