A Animal Equality, um grupo de ativistas com 60 pessoas em oito países, lidera o uso dessa ferramenta para expor a indústria da carne.
Recentemente, o grupo divulgou o terceiro filme de realidade virtual, “iAnimal”, que destaca as perversas condições de fazendas de laticínios na Inglaterra, na Alemanha e no México.
Os espectadores conseguem acompanhar o ciclo de vida das vacas abusadas nesses locais, desde a produção de leite e o confinamento em espaços muito estreitos até suas mortes.
Em uma entrevista ao TheWrap, o fundador da Animal Equality, Jose Valle, explicou porque filmar em realidade vistual é uma experiência mais imersiva e emocional para o público.
“Se você não gosta do que está vendo na sua frente e quer olhar para baixo ou em outra direção, consegue ver o sangue. Então [a realidade virtual] o aprisiona nessa cena e torna isso muito mais real”, disse.
Nascido na Espanha e agora morando em Los Angeles (EUA), Valle documentou o abuso de animais durante três anos usando essa ferramenta. Segundo ele, a tecnologia ajuda as pessoas a compreender o sofrimento dos animais.
A filmagem mostra momentos chocantes. Em um deles, uma vaca tem seus chifres arrancados enquanto se contorce dentro de uma cela, Muitas dessas vacas passarão a vida inteira andando no concreto.
A série “iAnimal” – com a última edição narrada pela atriz de “Harry Potter” Evanna Lynch – foi vista por mais de 60 milhões de pessoas, informou o grupo.
A Animal Equality criou demonstrações de realidade virtual nas universidades e no festival de música de Glastonbury na Grã-Bretanha para alcançar ainda mais pessoas.
Além da divulgação no YouTube, a “iAnimal” pode ser vista no Samsung Gear VR. A organização também está desenvolvendo um aplicativo para que a série possa ser acompanhada por todos os principais fones de ouvido de realidade virtual.
Ao colocar os espectadores dentro da jaula com os animais, Valle espera q transmitir a miséria de muitas fazendas de laticínios. “Você se sente preso, assim como os animais são”, concluiu.