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Diminuição de gelo ameaça animais e vegetais nativos da Antártida

6 de julho de 2017
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Pinguim, um dos animais nativos da Antártida
Foto: Mark Ralston/AFP/Getty Images

A pesquisa, publicada na revista Nature, mostrou que a área sem gelo na Antártida pode ter crescimento de 25% até 2100 caso a atual tendência das emissões globais de gases de efeito estufa continue aumentando.

Devido a essa expansão, é possível que ocorra declínio nas populações de algumas espécies animais e plantas nativas do continente, informou o Nature World News.

“Embora isso possa oferecer novas áreas para as espécies nativas colonizarem, também pode resultar na disseminação de espécies invasivas e, no longo prazo, na extinção de espécies nativas menos competitivas”, alertou o coautor Aleks Terauds, membro do Programa Antártico Australiano.

Atualmente, a área livre de gelo na Antártida cobre menos de 1% do continente. Porém, essas áreas são o lar de em torno de 99% das plantas e animais exclusivos da Antártida.

Se a tendência recente perdurar, aproximadamente 85% da Península Antártica pode ficar sem gelo. Além disso, os pesquisadores preveem um derretimento de gelo de cerca de cinco metros na região até 2100.

As temperaturas globais acima de 2°C podem fazer com que as Ilhas South Oakley fiquem completamente sem gelo até 2100. Os especialistas descreveram o evento como “uma transformação completa do meio ambiente físico”.

Embora algumas das espécies nativas da Antártica possam ser muito prejudicadas com a expansão das áreas sem gelo, também existem outras que devem se beneficiar. O aumento de espaço pode se transformar em um local de reprodução para algumas espécies de pinguins, aves- marinhas e focas.

Os pinguins Gentoo são uma das espécies que devem ser bastante beneficiados com isso e é provável que ocorra um aumento na população e expansão da área de ocupação.

O pesquisador observou que essas mudanças na extensão e nas áreas de reprodução de algumas espécies poderiam ter efeitos desestabilizadores sobre o ecossistema do continente, já que a propagação de determinadas espécies é considerada uma ameaça a alguns animais e plantas nativos.

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