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El Niño e aquecimento global geram temperaturas recordes no Sudeste Asiático

12 de junho de 2017
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Pesquisadores do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas construíram modelos para determinar até que ponto o El Niño era o causador das temperaturas extremas da região

Mapa registra temperaturas recordes no Sudeste Asiático
Foto: Kaustubh Thirumalai/UTIG

A análise descobriu que o El Niño, um padrão climático marcado por uma massa de água aquecida no Oceano Pacífico, era responsável por cerca de dois terços da onda de calor da região enquanto o aquecimento global gerava o restante.

Nos últimos anos, cientistas especializados no clima melhoraram os modelos utilizados para quantificar a relação entre as mudanças climáticas e fenômenos climáticos extremos, como as ondas de calor. Segundo o UPI, os modelos mais recentes possuem dados climáticos que são coletados por monitores terrestres e oceânicos.

“O sistema El Niño leva o continente do Sudeste Asiático para os extremos, embora o aquecimento em longo prazo esteja, sem dúvida, gerando esses meses quentes de Abril”, disse o pesquisador principal Kaustubh Thirumalai, que fez pós-doutorado na UTIG, em um comunicado para a imprensa.

Os métodos da análise estatística ajudaram os pesquisadores a verificar o impacto de El Niño e do aquecimento global nas temperaturas do Sudeste Asiático durante a primavera.

Os dados referentes às temperaturas máximas de abril nos últimos 50 anos mostrou que 15 dos 16 correspondem a um padrão do El Niño. Porém, enquanto o padrão agia, a crescente influência do aquecimento global era constante.

“Devido ao aquecimento em longo prazo, mesmo um El Niño mais fraco do que o evento de 2015-16 no meio do século XXI pode gerar impactos maiores”, disse Pedro DiNezio, um associado da pesquisa da UTIG.

Os cientistas publicaram o estudo na revista Nature Communications.

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