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Elefanta isolada há 40 anos em zoo entra em depressão profunda

4 de junho de 2017
2 min. de leitura
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O Bronx Zoo (EUA), que mantém a elefanta aprisionada há 40 anos desde que ela era um bebê, pode tornar sua vida um pouco melhor, mas se recusa a fazer isso.

Elefanta Happy é mantida em cativeiro há 40 anos
Foto: Reprodução/Care2

Happy tem 45 anos e não sabe o que é a liberdade desde que era um bebê na Tailândia em 1971, quando foi sequestrada da natureza, juntamente com outros seis filhotes, que receberam os nomes dos sete anões.

Ela e um bebê chamado Grumpy (Zangado) foram levados para zoológicos no Havaí e na Flórida antes de serem explorados pelo Bronx Zoo, em Nova York, em 1977.

Eles permaneceram como companheiros frequentes e eram a única fonte de conforto e esperança um do outro até 2002, quando Grumpy morreu devido a lesões sofridas após um ataque de outros elefantes no zoo.

Pouco tempo depois, o local colocou Happy com um novo companheiro chamado Sammy, mas o elefante morreu de doença hepática após quatro anos e ela voltou a ficar sozinha.

Como Grumpy, Happy foi cada vez mais atacada pelos outros elefantes e sofreu múltiplos ferimentos. Ela foi isolada – o que é fisicamente e emocionalmente doloroso para esses animais que estão acostumados a viver rodeados por suas famílias.

Da mesma forma que Sammy, ela já teve várias doenças sob os cuidados do zoológico, o que é muito comum entre os elefantes mantidos em cativeiro.

Ao contrário de Grumpy e Sammy, no entanto, a elefanta provou ser uma verdadeira sobrevivente. Porém, viver isolada há mais de uma década certamente teve tristes consequências.

Segundo o One Green Planet, a maioria dos animais em cativeiro sente um estresse extremo que afeta seu bem-estar mental e, muitas vezes, desencadeia a zoochosis, que se caracteriza por caminhadas e cuidados repetitivos e até mesmo a automutilação.

Esses comportamentos são observados em aproximadamente dois terços dos elefantes em cativeiro, por isso não é uma surpresa que Happy lide com essas frustrações diariamente.

Além disso, Happy também precisa conviver com uma profunda depressão agravada por sua solidão.

Como a primeira elefanta a demonstrar a autoconsciência em um espelho, Happy é muito consciente sobre sua situação, o que é mais uma prova da crueldade do Bronx Zoo ao decidir não libertá-la.

Há muitos anos, a organização In Defence of Animals colocou o local em sua lista dos 10 piores zoológicos para elefantes na América.

O zoológico finalmente aceitou o fato de que o cativeiro é terrível e, após a morte de Sammy, anunciou que fechará sua exposição de elefantes quando Happy e dois outros elefantes falecerem.

Lamentavelmente, resta o questionamento: por que forçar esses belos animais a passar seus últimos anos sofrendo dessa maneira especialmente quando o The Elephant Sanctuary, localizado no Tennessee, está mais do que disposto a oferecer a Happy a felicidade que ela merece?

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