Sua mãe, Roseli F., e seu padrasto vieram de São José do Rio Preto para acompanhar a internação. Letícia mora há quatro anos na região conhecida como Cracolândia. Ela integrava o programa Braços Abertos, ganhava uma mensalidade da prefeitura e, em tese, deveria morar em um hotel na região do Parque Dom Pedro. Sua rotina, no entanto, era dentro do fluxo. Acordava, se drogava e dormia em função do crack. Chegava a cobrar 10 reais para fazer um programa. O dinheiro era destinado a manter seu vício.
Eu tenho uma neta de 7 anos, que hoje vive com a avó paterna. O ex-marido da minha filha também é viciado em droga. Meu plano é conseguir, por meio de uma autorização judicial, que ela consiga uma vaga em uma clínica no interior. A Letícia já foi internada à força e de forma voluntária, em um total de oito vezes. Agora, sinto que ela vai vencer.
O gatinho Brisa ficou apegada demais ao assistente social que encontrou a minha filha. Ele vai levá-la para a sua casa. Vou voltar para Rio Preto com o coração cheio de esperança.”
Fonte: Veja São Paulo