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Cientistas descobrem ilha com 38 milhões de pedaços de plástico no Oceano Pacífico

18 de maio de 2017
2 min. de leitura
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Se você já se perguntou para onde suas escovas de dentes de plástico e isqueiros vão depois de descartá-los, aqui está a resposta: muitos acabam no oceano, o que significa que acabam no fundo dos mares ou nas praias – como em uma ilha remota desabitada no meio do Oceano Pacífico.

Detritos plásticos na ilha de Henderson
Foto: Jennifer Lavers

A ilha de Henderson, que está localizada entre a Nova Zelândia e o Chile, foi descoberta com aproximadamente 38 milhões de pedaços de lixo, a maioria de plástico, de acordo com um novo estudo. A densidade de detritos foi a mais alta registrada em qualquer lugar do mundo, dizem os autores.

“A quantidade de plástico ali é verdadeiramente alarmante”, disse Jennifer Lavers, cientista da na Universidade da Tasmânia, na Austrália, e principal autora do estudo, à Associated Press.

Os resultados foram publicados na revista Proceedings da National Academy of Sciences, informou o The Verge.

O lixo plástico nos oceanos é perigoso para animais como tartarugas- marinhas, aves-marinhas e focas, que podem morrer ao ingerir o plástico ou ficarem presas nele.

Mais detritos plásticos na ilha
Foto: Proceedings of the National Academy of Sciences

Como a durabilidade do plástico é alta, ele permanece durante décadas, às vezes quebrando-se em pedaços minúsculos.

A ilha de Henderson, que é um patrimônio mundial da UNESCO, é particularmente atingida pela poluição plástica porque está localizada na borda do Giro do Pacífico Sul, uma corrente oceânica que tende a capturar o lixo.

Os cientistas encontraram todos os tipos de detritos plásticos na ilha, desde soldados de brinquedo até itens de um jogo de tabuleiro. Em geral, calcularam que os dejetos pesavam em torno de 17,6 toneladas.

As descobertas facilitam a compreensão sobre o impacto que a poluição plástica causada por humanos possui sobre o meio ambiente – principalmente em ilhas remotas como a descrita no estudo, que “se tornaram reservatórios para o lixo do mundo”.

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