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Um milhão de animais são mortos em nome do ego e da ganância de artista plástico

20 de abril de 2017
4 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: PA

A RSPCA tem expressado preocupação sobre o tratamento de animais e insetos explorados por Damien Hirst e revela que quase um milhão de animais morreram como resultado de seu trabalho.

Durante sua carreira de 30 anos, o artista plástico britânico tem continuamente explorado animais como parte de suas produções e alguns dos seus trabalhos mais famosos incluem um tubarão e uma zebra.

Ele tem sido criticado com mais veemência por grupos de direitos animais após uma análise detalhada do vasto número de espécies das quais abusou.

O portal Artnet afirma que um total de 913.450 seres vivos foram usados nas instalações de Hirst desde que ele chegou pela primeira vez ao cenário artístico, no início da década de 1990, de acordo com a reportagem do Daily Mail.

Foto: Getty Images

Alguns animais haviam morrido antes de serem abusados e existem provas de que outros foram brutalmente “mortos em nome da arte”.

Um dos trabalhos feitos em 1990 por Hirst apresentou uma cena extremamente chocante: um crânio de uma vaca apodrecendo com vermes que se transformaram em moscas.  Posteriormente, os insetos foram aniquilados por um dispositivo elétrico.

Pouco tempo depois, Hirst expôs uma série de animais preservados em formaldeído, incluindo um tubarão-tigre e uma vaca e um bezerro cortados ao meio, além de milhares de borboletas mortas em uma exposição.

A RSPCA disse estar muito apreensiva com estes números assombrosos.

“A RSPCA ficaria muito preocupada em ouvir sobre qualquer animal sofrendo como parte de um projeto de arte – acreditamos que todos os animais devem ser tratados com respeito, compaixão e de uma maneira que minimize o risco de danos. Isso inclui animais e insetos, todos os quais merecem ser tratados com bondade”, declarou um porta-voz.

Foto: Getty Images

De acordo com a Artnet, que realizou a pesquisa com base em informações do site oficial da Hirst, os animais abusados pelo artista incluem 13 ovelhas, sete vacas Holstein, cinco bezerros, quatro touros, três potros, dois porcos, um urso-pardo, uma zebra, 27 tubarões e 668 peixes.

Ele também explorou 850 mil moscas domésticas, 45 mil insetos de mais de três mil espécies, 17 mil borboletas e cinco pássaros. Além disso, usou 46 salsichas de porco (de provavelmente dois porcos). Suas instalações incluíram 624 órgãos internos de oito vacas, 16 crânios de vaca, 41 esqueletos de peixe e um esqueleto de mamute-lanoso dourado.

Foto: Philip Ide

“Ao longo de sua carreira, Hirst obteve seus materiais por meio de uma variedade de métodos e de fontes, incluindo o caçador de tubarões australiano Vic Hislop, a taxidermista Emily Mayer, residente em Londres, e o mercado de peixes de Billingsgate, em Londres”, afirmou Caroline Goldstein, da Artnet.

Segundo ela, alguns dos animais estavam mortos antes de terem contato com Hirst, enquanto outros foram assassinados impiedosamente para compor as produções. Ela também destaca o fato de que Hirst usa muito a morte em sua “arte” bárbara.

Hirst, que é possivelmente o artista mais rico do mundo, possui uma fortuna pessoal de cerca de 215 milhões de libras, foi criticado pela RSPCA em 2012, depois que mais de nove mil borboletas morreram durante a exposição de 23 semanas “In and Out of Love”, na Tate Modern Galeria em Londres (Inglaterra).

Lamentavelmente, um porta-voz da galeria disse na época: “As borboletas viveram a fase final de seu ciclo de vida natural dentro desta sala. Aproximadamente 400 borboletas foram introduzidas na exposição ao longo de cada semana e muitas desfrutaram de uma vida mais longa do que na natureza, devido à alta qualidade deste ambiente”.

É claro que essa declaração covarde desconsidera completamente a vida dos animais mortos de maneira tão vil. Um homem que lucra ao perpetuar essa barbárie jamais poderia ser considerado um artista.

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