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Fotógrafos se reúnem em ação para custear mutirões de castração para animais abandonados

21 de abril de 2017
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Beto Riginik, Gal Oppido, Claudio Freitas, Rochelle Costi e Edu Leporo vão emprestar seu talento de capturar imagens para ajudar a causa animal. Os fotógrafos irão fazer retratos ou ensaios de quem quiser, e o pagamento irá custear os mutirões de castração organizados pelo Clube da Mancha para animais de favelas, ocupações e de pessoas em situação de rua.

A primeira “Ação Fotográfica do Bem” será realizada no próximo domingo, 23 de abril, no Minhocão, em SP. Edu Leporo – responsável pelo projeto Moradores de Rua e Seus Cães – estará à postos para fotografar os interessados com seus próprios cães, filhos, amigos. O fotógrafo estará na altura do poste 31 do Minhocão, a partir das 15h do domingo. Cada retrato vai custar 30 reais e será entregue em uma ampliação de 20 x 30. Não é preciso marcar nem reservar horário, é só aparecer.

Mutirões de castração do Clube da Mancha

A arquiteta e fotojornalista Cristina Guerra, moradora de Perdizes, zona Oeste de São Paulo, acredita que a castração é o meio mais eficaz para o fim do ciclo de abandono e maus-tratos de animais. Estima-se que haja cerca de 2 milhões de animais abandonados nas ruas da Capital, e não existem famílias para 75% dos animais resgatados por grupos de proteção.

Por isso, Cristina produz mutirões que castram cerca de 40 animais a cada mês apenas com o auxílio de doações e boa vontade de gente que quer ajudar.

Cristina visita favelas – principalmente a do Moinho, na Barra Funda – prédios ocupados, ou pessoas em situação de rua que tutelam cachorros pelo menos a cada 15 dias. Distribui ração, coleiras anti-pulga, vermífugo. Quando recebe o auxílio de uma veterinária, cães e gatos são vacinados. As visitas têm como finalidade sensibilizar para a importância da castração, inscrever os animais no próximo mutirão, prepará-los (precisam estar saudáveis, com peso adequado, sem vermes e sem pulgas), e fazer o acompanhamento. No dia do mutirão, Cristina e alguma das amiga da Mancha (as voluntárias não-oficiais, já que a Mancha não é uma ONG) recolhem os animais de manhã cedo, levam para a clínica, e devolvem no final do dia, depois de passada a anestesia – e fazem o acompanhamento com os tutores nos dois dias seguintes, via celular e WhatsApp ou pessoalmente se necessário.

As castrações têm custo zero para os tutores dos animais. Os procedimentos são bancados pelos amigos da Mancha. Tudo que a Mancha faz é com ajuda dos colaboradores: a carona para ir à favela levar ração, o transporte para buscar os animais para castrar e devolvê-los, o custo de eventuais procedimentos cirúrgicos em animais feridos ou doentes. As coleiras anticarrapaticidas são doadas pelo projeto Moradores de Rua e Seus Cães; vacinas são doadas por veterinários. A vermifugação pré castração, medicação pós castração em caso de piometra (infecção de útero), ou para tratamentos eventuais como sarna, hemograma, raio x e exames complementares a pedido dos veterinários são custeados pelo Clube da Mancha.

Nova ação

Em julho acontecem as ações fotográficas de Gal Oppido e Beto Riginik. Os fotógrafos receberão os retratados no estúdio, e as vagas, limitadas, podem ser garantidas por e-mail: [email protected].

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