Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Guardas-florestais mataram aproximadamente 20% dos animais selvagens do Parque Kakadu, um patrimônio mundial da Unesco no Território Australiano do Norte, alegando que os animais podiam causar “danos” à região.
Um total de 3.652 cavalos selvagens foi baleado de um helicóptero por uma equipe de guardas-florestais no parque nacional australiano.
Além deles, 1.965 búfalos, 294 porcos e alguns burros também foram assassinados covardemente pelos oficiais.
Grande parte da terra do local, listado como uma área da UNESCO em 1992, ainda é propriedade de aborígenes Bininj e Mungguy, que habitam a região há dezenas de milhares de anos.
No entanto, os funcionários do parque afirmam que os assassinados em massa – o maior desde 2009, quando foram mortos 7 mil animais – eram necessários para “proteger o ecossistema sensível” de Kakadu.
“Tem ocorrido um crescente apetite para reduzir os animais, que estavam se disseminando a uma taxa alarmante de acordo com pesquisas feitas no último ano”, argumentou o gerente do parque, Pete Cotsell.
Segundo a reportagem do Express, ele alegou ainda que a “remoção” de grandes animais selvagens permitiria a regeneração de plantas e nascentes”.
“Nos ecossistemas mais sensíveis do parque, estes animais provavelmente têm causado danos”, disse.
Cotsell não escondeu que o grande fator por trás dos assassinatos em massa é também o intuito de promover a caça e a pesca na região.
A matança brutal ocorreu durante 24 dias. A agência do parque deve trabalhar com os proprietários de Bininj e de Mungguy para desenvolver uma indústria de eliminação de animais em áreas próximas a estradas que funcionam ao longo de Kakadu. Outro objetivo é que os animais caçados se transformem na “carne dos animais domésticos”.