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Saiba o que fazer se seu animal doméstico for envenenado

8 de abril de 2017
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Alguns sinais podem auxiliar na identificação da intoxicação | Foto: Divulgação

Responsável pelo falecimento precoce de animais, o crime de envenenamento de animais tem se tornado cada vez mais comum nos dias de hoje. Em grande parte das vezes, tutores não percebem que os animais estão intoxicados e consequentemente, maiores são as sequelas e menores as chances de sobrevivência.

Para salientar as dúvidas, a veterinária Carla Storino Bernardes, afirma que se o tutor desconfia de intoxicação, deve antes de qualquer coisa procurar a ajuda de um especialista: “Receitas caseiras e indução ao vômito podem agravar o quadro, pois causam alterações gastrointestinais severas”, ressalta.

Em grande parte dos casos de envenenamento, são utilizados inseticidas e outros venenos para combater pragas, produtos de limpeza e alimentos como cebola, alho, chocolate, café, leite, uva passa e macadâmia. Além desses, produtos como: Comigo Ninguém Pode, Copo de Leite, Antúrio, Azaléia, Espada de São Jorge, Lírio e Violeta, muito comuns em casas e apartamentos, também podem comprometer a saúde dos animais.

Fique atento aos sinais

De acordo com Carla, apesar de ser importante tratar a tempo, as consequências da intoxicação variam de animal para animal: “Tudo depende do produto e quantidade ingerida, do tamanho do animal e da velocidade”. O tratamento, explica Carla, é aplicado de acordo com a gravidade, natureza do veneno, sintomas e gravidade do quadro, além da administração de antígenos específicos.

Os sintomas apresentados são: perda de equilíbrio, salivação seguida ou não de vômito, diarréia, apatia (sem resposta a estímulos externos), tremores musculares que podem progredir à fraqueza muscular, sangue na urina ou nas fezes e, em quadros mais severos, convulsões.

Para facilitar a recuperação, o responsável deve levar ao veterinário o rótulo do pesticida ou produto industrializado que o animal ingeriu. “No caso de animais venenosos, plantas e alimentos, a família deve tentar identificar o que picou ou o que o animal ingeriu para o início do tratamento ser mais ágil e correto”, continua.

Crime ambiental

Animal doméstico foi envenenado durante assalto | Foto: Arquivo pessoa

Um caso semelhante aconteceu com a cadela Vinny, uma Border Collie de 8 anos. De acordo com Suzanne Cristina Sousa Pereyra, a tutora do animal, criminosos que invadiram sua casa para um assalto, silenciaram a cadela: “Quiseram silenciá-la para assaltar a minha casa, porque um cachorro latindo chamaria muita atenção”. A investigação ainda está em andamento, mas não há registros de câmeras

A família que não estava no local durante o crime, encontrou a cadela morta e uma salsicha recheada com veneno: “Quando chegamos, ela já estava morta e apresentava os sinais de envenenamento: tinha vômito perto e encontramos uma salsicha recheada com chumbinho. Já não tinha nada que pudesse ser feito”, conta Suzanne.

Vinny foi o primeiro cão de Suzanne depois de 14 anos insistindo para ter um. “Foi um dos laços mais bonitos que criei. Minha mãe, que não gostava de cachorros, a amava e meu pai, que não chorou nem no velório da mãe dele, ainda chora pela morte da Vinny…era o tanto que ela representava pra gente”, completa.

Envenenar animais é um crime previsto na Lei de Crimes Ambientais. “Nesta lei consta que quem praticar ato de abuso, maus tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos é penalizado com detenção de três meses a um ano e multa”, completa Carla.

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