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Proprietárias de canil são intimadas a depor na CPI dos maus-tratos em Vitória (ES)

23 de março de 2017
2 min. de leitura
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Por Sophia Portes / Redação ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais)

As proprietárias do canil Blue Point, em Vila Velha, Vitória (ES), foram intimadas, nesta quarta-feira (22), a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos maus-tratos na Assembleia Legislativa. O depoimento acontecerá na próxima terça-feira (28), no Plenário Rui Barbosa, às 19h.

As mulheres chegaram a ser conduzidas para a Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural nesta terça-feira (21). Elas possuem um criadouro de cães da raça Spitz Alemão e, apesar de não terem formação acadêmica em medicina veterinária, vídeos de cirurgias clandestinas feitas no local circularam na internet neste fim de semana. Além disso, os animais aparecem latindo e se movendo, nas imagens, levantando a suspeita de que não estariam anestesiados, constatando maus-tratos. Mas, infelizmente, como não houve flagrante das agressões, elas puderam assinar um Termo Circunstanciado e foram liberadas.

A deputada Janete de Sá disse ao G1 que andou por todas as instalações do canil e identificou que as proprietárias são as mesmas que aparecem no vídeo operando os animais. Grande quantidade de medicação humana para dor também foi encontrada no local.

“Identificamos animais em jaulas, carentes do convívio humano. Recebemos informação de que os filhotes são castrados com dois meses para venda, e também verificamos no canil a existência de uma fossa com fezes, o que caracteriza crime ambiental”, disse a deputada.

Durante as investigações, o delegado Maurício Gonçalves foi até o local nesta terça-feira (21) e constatou que as mulheres não possuem licença para ter o canil. Elas receberam voz de prisão e foram conduzidas até a delegacia.

Suspeitas de maus-tratos a cães saindo de delegacia (Foto: Reprodução/ TV Gazeta)

Uma petição online foi criada para pedir a prisão das duas mulheres. O documento já reúne mais de 8 mil assinaturas. No texto, elas são acusadas de “charlatanismo”, pelo exercício ilegal da profissão veterinária, e também por maus-tratos, uma vez que é evidente o sofrimento ao qual os animais eram submetidos.

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