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Ativistas denunciam as atrocidades cometidas contra cães, macacos e porcos em laboratório

17 de março de 2017
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: W5

Um conselho nacional responsável pelo monitoramento de animais em laboratórios de pesquisa está investigando imagens perturbadoras obtidas por câmeras infiltradas por ativistas.

As cenas mostram maus-tratos de cães, porcos e macacos abusados em testes em uma instalação em Montreal, no Canadá. Partes da filmagem – realizada ao longo de quatro meses pela Last Chance for Animals no ITR Laboratories Canada – foram mostradas à diretora executiva do Conselho Canadense de Cuidados com Animais (CCAC), Louise Desjardins.

Ela não comentou diretamente o que viu, mas disse que a associação estava discutindo com o ITR sobre a filmagem. O vídeo mostra cães sendo agressivamente jogados em gaiolas, porcos imobilizados ao guinchar e técnicos batendo os animais em mesas de aço inoxidável.

Segundo reportagem do The Star, horas de vídeo também foram apresentadas ao governo de Quebec, juntamente com 17 páginas de uma denúncia oficial alegando abuso e práticas cruéis no laboratório de Montreal.

A empresa contesta a reclamação, alegando que opera “conforme os padrões da indústria e as diretrizes federais”.
Durante seu trabalho remunerado como técnica do laboratório, a investigadora infiltrada da Last Chance for Animals também gravou o que ocorria ao seu redor.

“Cães (estavam) uivando, chorando o dia todo. Nos corredores para onde você vai, tudo o que você ouve é o som dos cães uivando e chorando”, lembrou ela, que pediu para não ser identificada para que pudesse realizar outras operações secretas.

Foto: W5

O vídeo da Last Chance for Animals fornece o que se acredita ser o primeiro olhar dentro de uma instalação de testes canadense e foca a atenção em uma indústria que faz os animais ficarem doentes para que os seres humanos fiquem. O público raramente consegue ver o que os animais enfrentam.

Todos os anos, o Canadá tortura 3,5 milhões de animais em nome da ciência, alguns deles são expostos a drogas experimentais, produtos domésticos e até mesmo cosméticos para testar a sua tolerância a eles.

Os animais mais usados são ratos, peixes e aves, mas 12 mil cães e cinco mil macacos também estão envolvidos em testes mais avançados. Os animais são criados para essa indústria terrível, vendidos para os laboratórios e têm vidas muito curtas e dolorosas.

“Há certos casos que documentamos que certamente aumentam o nível de abuso”, disse Adam Wilson, que lidera as investigações da Last Chance for Animals.

Beagles espancados inúmeras vezes porque não olhavam para frente. Foto: W5

Especificamente, Wilson cita a cena de um técnico que golpeia dois beagles 16 vezes porque os cães não olhavam para frente durante a preparação para a exposição aos produtos químicos.

A vice-presidente sênior da ITR Canada, Ginette Bain, não aceitou as ofertas repetidas para assistir ao vídeo. Ela disse que irá analisar as conclusões para verificar se há alguma preocupação.

Quando questionada sobre um técnico que parece bater nos cães, ela afirmou que esse tratamento não é aceitável.
Centenas de funcionários trabalham nas instalações do ITR, na parte oeste de Montreal. Milhares de pessoas são empregadas pela indústria de cosméticos em todo o país.

Um projeto de lei que proíbe testes pela indústria de cosméticos tem percorrido lentamente seu caminho no Senado. Porém, infelizmente, esta é uma pequena parte das atrocidades cometidas pela indústria.

De acordo com documentos obtidos pela ativista infiltrada, a grande maioria dos clientes do ITR é composta por grandes empresas farmacêuticas que testam em animais com o pretexto de descobrir a dose segura de uma nova série de drogas para humanos.

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