Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
O presidente Barack Obama surpreendeu ativistas e a indústria de combustíveis fósseis ao anunciar uma proibição permanente e abrangente de perfurações offshore em grande parte das águas dos EUA no Ártico e no Atlântico na última terça-feira (20), uma decisão que os especialistas dizem ser difícil para o futuro governo reverter.
A proibição, que impede a perfuração offshore da Virgínia para a Nova Inglaterra e em grande parte do Ártico dos EUA, se junta a um esforço anunciado pelo Canadá nesta semana para proibir a exploração de petróleo também em águas do norte do país.Considerando os preços baixos do petróleo e a dificuldade da extração marítima profunda, particularmente no norte, a indústria não gostou da decisão.
A medida é fundamental para proteger os animais selvagens, assim como praias intocadas. Os animais não são os únicos ameaçados apenas pelos derramamentos de óleo e pela atividade industrial. A limitação da exploração de combustíveis fósseis pode ajudar a retardar a liberação de gases de efeito estufa, condutores das mudanças climáticas que também diziam o habitat da vida selvagem.
Veja algumas espécies que serão beneficiadas com a decisão de Obama selecionadas pela National Geographic.
Urso Polar
Muitas vezes vistos como o símbolo do Ártico, os ursos polares estão entre os mais agredidos entre espécies bem conhecidas no planeta. Eles dependem de camadas de gelo e água limpa em grandes territórios para rastrear e caçar suas presas.
No entanto, são ameaçados pelo derretimento de gelo provocado pelo aquecimento global e pela poluição das atividades relacionadas à extração petrolífera que podem envenenar suas fontes de alimento.
Boto narval
Às vezes chamados de “unicórnios do mar”, os narval são botos encontrados em águas costeiras e fluviais do Ártico, mas em números decrescentes. Eles podem crescer cerca de nove pés de comprimento e são feitos de marfim.Estes botos enfrentam um alto risco devido ao derramamento de petróleo.
Morsa
As morsas são mais frequentemente encontradas perto do Círculo Ártico. Estes grandes mamíferos marinhos são extremamente sociais e distinguem-se por suas longas presas brancas, bigodes suaves, nadadeiras planas e corpos com bastante gordura.
A morsa foi caçada quase até a extinção em épocas históricas, mas apresentou uma recuperação em seus números. Porém, elas são vulneráveis às mudanças climáticas e os cientistas temem que os derramamentos de petróleo possam agravar o problema.
Bacalhau do Atlântico Norte
Uma vez abundantes na natureza, os bacalhaus do Atlântico Norte foram dizimados pela pesca e suas populações não se recuperaram desde a década de 1990.
“O ecossistema inteiro parece ter mudado e isso pode envolver uma influência do clima devido à mudança das correntes oceânicas e do influxo de águas frias do Ártico”disseram os cientistas em um relatório recente. Mas a proibição das perfurações offshore na área de seu habitat pode ajudar a espécie a se restabelecer.
Corais de águas frias profundas
Embora os corais de recifes tropicais sejam os mais conhecidos, os cientistas estão cada vez mais encontrando corais de águas frias profundas de várias espécies e matizes. Estes animais sedentários são menos conhecidos pela ciência, mas acredita-se que eles desempenham papéis vitais em seus ecossistemas.
Seu crescimento é frequentemente lento e eles podem viver por centenas de anos. No entanto, são altamente sensíveis à poluição e às mudanças no seu ambiente, provocadas pela exploração petrolífera e pelo aquecimento global.