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Ativista nada nas águas congelantes da Antártida para defender espécies marinhas

17 de dezembro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: LewisPugh, Twitter
Foto: LewisPugh, Twitter

Todos nós temos o poder de criar um planeta mais sustentável, saudável e compassivo a cada dia e é fundamental usar esse poder com sabedoria. Uma grande inspiração na luta pelas espécies marinhas é a mais recente campanha do ativista e nadador Lewis Pugh para aumentar a conscientização sobre a conservação desses ecossistemas.

Pugh nadou nas águas de temperaturas negativas da Antártica para defender a criação de três grandes áreas de preservação marinha que efetivamente proibiriam a pesca na região.

De acordo com uma matéria do The Guardian:”Lewis Pugh desempenhou um papel importante no acordo no início deste ano para criar a maior área protegida marinha (MPA) do mundo e proibir a pesca fora dos limites de grande parte do Mar de Ross, O Oceano Austral “. O nadador mergulhou em águas geladas, pressionou o governo russo (que estava em oposição ao MPA), e através do que ele chama de diplomacia Speedo, foi capaz de ajudar a proteger a região”.

Recentemente, o ativista nadou para que mais três áreas em East Antártica, no Mar de Weddell, e Península Antártica, obtenham as mesmas conquistas. Esta área combinada possui quase o mesmo tamanho da Austrália e é fundamental assegurar a proteção garantiria de seus habitantes marinhos que vivem em um delicado ecossistema ameaçado por frotas de pesca comercial e outras indústrias.

Foto: Antoinett Pugh
Foto: Antoinett Pugh

Mergulhar em águas geladas pode parecer uma medida extrema para proteger o oceano aberto, mas estamos ficando sem tempo para preservar nossos ecossistemas oceânicos. A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação estima que 80% dos estoques globais de peixes estão “totalmente empobrecidos ou em estado de colapso”.

Além disso, cerca de 90% das grandes populações de peixes predadores (tubarões, espadarte e atum) diminuíram desde a década de 1950. Com os estoques globais de peixes atingindo uma baixa de todos os tempos e o crescimento da demanda por esses animais, os cientistas acreditam que nossos oceanos podem entrar em colapso até 2048 se não tomarmos medidas para impedir isso.

Pugh nadou cerca de 4,5 quilômetros em águas com temperatura de um grau negativo no mar de Bellingshausen. Ele percorreu 3,2 quilômetros no “cemitério da baleia” em torno da Geórgia sul, área onde os marinheiros britânicos mataram mais de um milhão  de baleias no final do século XIX e início do século XX, segundo o One Green Planet.

Esta é certamente uma façanha fisicamente assustadora e valente, mas Pugh acredita que a criação dessas áreas protegidas é vital para o nosso futuro. “Acho que é muito, muito significativo. Como podemos compreender que é necessário proteger adequadamente os ecossistemas se nem sequer sabemos como é um ecossistema saudável?”, questionou.

O fato vai além da observação dos oceanos, precisamos de um oceano saudável para sobreviver. Esses ecossistemas fornecem cerca de 70% do nosso oxigênio, o excesso de dióxido de carbono da atmosfera para retardar o impacto das mudanças climáticas e desempenham um papel importante na moderação do clima mundial. Como o ativista dos oceanos Paul Watson disse muitas vezes: “Se os oceanos morrerem, morreremos”.

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