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Saiba como cuidar dos animais domesticos nos dias mais quentes

24 de novembro de 2016
4 min. de leitura
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Antes mesmo da chegada oficial do verão, as altas temperaturas já estacionaram nas cidades do Norte de Minas. Com os dias quentes e abafados, usamos roupas leves, banhos frios e bebidas geladas, que ajudam a aliviar a sensação de calor. Mas imagine se não conseguíssemos suar, mesmo com o corpo quente, e estivéssemos cobertos por um casaco de pelos durante todo o dia? Essa realidade faz parte da vida dos cães e gatos, por isso os animais merecem atenção redobrada durante esses dias desconfortáveis.

A veterinária Cláudia Pormann explica que os cães e gatos não possuem glândulas de suor, ou seja, não suam como os humanos. “O suor faz a temperatura do corpo cair para as pessoas. Os cachorros fazem isso através da língua, por isso ficam de boca aberta e ofegantes o tempo todo”.

É justamente por precisar da língua para se manterem menos quentes que o uso de focinheira pode prejudicar a saúde dos cachorros. A veterinária explica que os modelos muito curtos podem impedi-los de por a língua para fora, então as mais compridas são mais indicadas.

Com a dificuldade de regular a temperatura, dá para imaginar como é difícil para os animais passarem por estes dias de calor. Os mais peludos, adaptados a invernos rigorosos, têm, além da pelagem, uma camada de gordura para se protegerem do frio, conforme esclarece Cláudia.

“Os cães mais peludos precisam ser tosados neste calor. Raças como poodle, shitzu e yorkshire têm o crescimento de pelo muito rápido, não justifica os tutores quererem evitar a tosa. Já o chow chow é uma raça que o ciclo do pelo despende um tempo maior. Demora um ano e seis meses para crescer. Ainda assim, ele precisa passar por uma tosa, ainda que não tão curta”, afirma a veterinária.

Ela faz uma alerta em relação aos horários dos passeios com os animais. As patas podem se queimar no asfalto ou calçamentos muito quentes, por isso sair com eles durante tardes quentes pode ser uma ideia ruim. “O ideal é escolher as primeiras ou últimas horas do dia para sair com os animais. Um bom termômetro para saber se a temperatura do chão está adequada é pisar descalço com os próprios pés. Se estiver quente demais para a pele humana, para os cachorros e gatos também vai estar”, orienta.

A hidratação também é indispensável. A veterinária afirma que o mais importante é manter a água sempre fresca. E dá até para oferecer um gelo de vez em quando. “Umas pedrinhas de gelo na água pode fazer bem, e deixá-los brincar com elas às vezes também não tem problema”.

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Cuidando com amor
A economista Vânia Vilas Boas aprova as dicas da veterinária. Ela tem um poodle, de 13 anos, que é saudável e cheio de energia. Para manter o amigo Spock tão bem ela toma uma série de cuidados. “Ele é um poodle cheio de manias, acostumado a ficar com nossa família dentro de casa. Temos cuidado redobrado com alimentação, higiene, e nesse calor procuramos prestar ainda mais atenção nisso”, conta.

Spock gosta de esfriar a barriga na cerâmica. Em dias quentes, gosta de ficar deitado, parece até fazer pose. Como não consegue por água e se refrescar sozinho, a Vânia se esforça para melhorar a vida dele. “Renovamos a água sempre a cada duas horas, sempre fria, um pouco da geladeira e um pouco natural. Ele também dorme no ar-condicionado, para que fique mais tranquilo à noite. Com o gelo ele adora brincar, então procuro dar a cada dois dias, para não ter problemas”, explica.

Como o poodle é mais peludo e sente mais os dias quentes, a Vânia não se esquece deste detalhe e mantém a tosa em dia. “Procuro deixar a pelagem dele mais baixa, para que não fique tão incomodado com o clima. A higienização, principalmente na área íntima, também é um fator que tem muita influência. Sei que esses cuidados podem deixar ele melhor, e como faz parte da família, todo mundo se esforça para fazer”, diz.

O companheiro Spock tem festa de aniversário todo dia 13 de julho, dá para imaginar como ele é feliz? Já deu alguns sustos na Vânia, mas com certeza faz da vida dela mais leve. “Ele já fugiu, foi atropelado, mas graças a Deus está aqui conosco. É o menino da casa e vai ser por muito tempo”, brinca.

Fonte: Jornal Floripa

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