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Treze leões e dois tigres são envenenados em rituais de magia negra

6 de outubro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/Daily Mirror
Reprodução/Daily Mirror

Leões foram envenenados e mutilados em uma série de assassinatos terríveis que fazem parte de rituais de magia negra na África do Sul.

Os detalhes da matança foram divulgados quando uma conferência sobre animais em extinção no país recusou-se a proibir o comércio de partes dos corpos de grandes felinos criados em fazendas.

Treze leões e dois tigres foram envenenados, sendo que quatro animais morreram e um deles foi decapitado no mais recente ataque.

Os “feiticeiros” utilizam os animais mortos para o Muthi, uma prática tradicional de usar partes de seus corpos para medicamentos. Há também a possibilidade da venda dos corpos para o lucrativo mercado de medicina chinês.

“Se as cabeças, os pés e os rabos são removidos, é provável que exista uma conexão com qualquer medicina tradicional chinesa ou com o comércio Muthi”, explicou Kelly Marnewick do Endangered Wildlife Trust.

A venda de partes do corpo de leões selvagens já é proibida. Porém, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) em Joanesburgo não estendeu a proibição para animais explorados em fazendas apesar dos apelos de países africanos.

Reprodução/Daily Mirror
Reprodução/Daily Mirror

Ativistas pelos direitos animais receiam que isso irá alimentar a demanda pelas espécies em toda a Ásia. “Felinos grandes da África do Sul estão sob ameaça de todas as maneiras imagináveis e com muito pouca proteção. A extinção dos leões africanos é iminente”, afirmou Christine MacSween do grupo LionAid. sediado no Reino Unido.

Um tigre e seu filhote estavam entre os grandes felinos assassinados. Dois leões foram mortos em um ataque anterior por envenenamento, que foi interrompido, e os assassinos fugiram. Uma leoa de 15 anos e um leão de nove anos morreram e os veterinários ainda lutavam para salvar três leões envenenados em uma fazenda na área de Groblersdal, apesar do aumento da segurança no local.

Sarah Creighton, que administra uma fazenda cujos felinos foram mortos, insiste que não pratica a chamada caça enlatada onde leões criados em cativeiro são vendidos para serem caçados e partes de seus corpos são exportadas como “troféus”.

O ataque em sua fazenda ocorreu depois que dois leões brancos foram envenenados em um alojamento próximo e 11 crocodilos foram encontrados decapitados em um rio nas proximidades.

Atualmente há menos de 20 mil leões na natureza, sendo que na década de 1960 havia 200 mil. Entre 2008 e 2014, comerciantes da África do Sul venderam os esqueletos de 4981 leões selvagens e em cativeiro para a Tailândia, Laos, Vietnã e China, informou o Mirror.

Nota da Redação: É repugnante observar a que ponto chega a crueldade dos seres humanos. Estes assassinatos bárbaros foram cometidos por pessoas egocêntricas e completamente desprovidas de qualquer consideração por outras espécies. Infelizmente, as vidas destes animais mortos de maneira tão cruel não podem ser recuperadas. Que as autoridades punam os criminosos e proíbam a perpetuação deste horror.

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