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Elefante órfão usa cobertor para superar perda de mãe morta por caçador

18 de setembro de 2016
3 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução/DSWT, Facebook
Reprodução/DSWT, Facebook

Há décadas, ativistas pelos direitos animais têm alertado que os elefantes africanos serão extintos caso não sejam feitos esforços determinados para combater o comércio de marfim e de partes dos animais.

Um elefante africano é morto a cada 15 minutos por suas presas que são consideradas mais valiosas do que ouro. A extensa perda de habitat, impulsionada pelo aumento da ocupação humana de áreas antes usadas pelos animais, também contribuiu para deixar os  elefantes à beira da extinção.

Os esforços para proteger os elefantes estão em curso há muitos anos e a boa notícia é que a conscientização sobre a situação destes animais tem aumentado. Recentemente, um importante acordo foi estabelecido entre os Estados Unidos e a China – os dois maiores consumidores de produtos de marfim do mundo – para conter esta indústria terrível.

Para as pessoas corajosas envolvidas no esforço monumental de proteger elefantes, cada dia parece uma batalha. Dia após dia, as organizações de resgate de animais selvagens têm que lidar com animais doentes, órfãos e vítimas traumatizadas do comércio de vida selvagem, perda de habitat e conflitos com seres humanos.

Recentemente, o David Sheldrick Wildlife Trust (DSWT) publicou uma nova foto em sua página do Facebook que ilustra exatamente por que elefantes precisam desesperadamente da nossa ajuda.

A imagem mostra  o elefante Lobito, residente do DSWT, aconchegando-se a um cobertor, que serve como um substituto para o corpo quente de sua mãe.

“Na natureza, o corpo de sua mãe iria lhe fornecer um lugar para descansar seu tronco; no nosso berçário, os cobertores recriam essa sensação e uma pessoa oferece uma garrafa tentadora de leite secretamente por baixo do cobertor”, explicaram seus cuidadores.

Esta é uma triste lembrança de como os seres humanos têm prejudicado estas espécies majestosas. Quando um elefante é morto por seu marfim, isso afeta também toda a sua família. Bebês como Loboito são cruelmente privados de suas mães enquanto os elefantes mais velhos perdem seus filhos, irmãs ou irmãos.

O vínculo entre mães elefantes e seus bebês é semelhante ao de seres humanos. Os elefantes são animais altamente inteligentes e emocionais que amam e cuidam uns dos outros como os humanos. Quando um membro de uma manada de elefantes fica perdido – por qualquer motivo – seus companheiros choram e lamentam.

Os elefantes vivem naturalmente em grupos matriarcais, liderados por uma elefanta mais velha, que geralmente é substituída por sua filha mais velha quando ela morre, segundo o One Green Planet.

As fêmeas auxiliam-se mutuamente com o cuidado e a educação dos animais jovens enquanto os machos adultos andam em grupos separados. Os profundos laços de amor entre as famílias de elefantes e os membros da manada persistem até a morte. Porém, como a fotografia de Loboito e seu cobertor demonstra, quando a família é dilacerada por caçadores, estes laços são perdidos para sempre.

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