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Especialista fala sobre os cuidados que animais cegos exigem e precisam

8 de julho de 2016
3 min. de leitura
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O gatinho que vive sempre serelepe e pulando tudo e em tudo que vê pela frente passa a ficar mais lento. De repente, você se surpreende vendo seu cão batendo a cabeça, com frequência, em locais óbvios. O gato, que costumava ser dócil, fica agressivo e sempre na defensiva. O cão, que adorava passear, passa a ficar mais apegado à guia e cuidadoso, durante a caminhada, ao invés de sair correndo rumo a todas as motos que passam. Quando o animal começa a agir conforme as situações descritas, possivelmente ele pode estar cego.

A veterinária oftalmologista Priscilla Policarpo conta que o sintoma mais percebido pelos tutores nos animais é o fato deles começarem a bater nos lugares. Além disso, outro sintoma, que é menos perceptível, é a dilatação da pupila do animal. “É quando o olho fica parado ou maior”, explica.

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A possibilidade de cegueira em um animal de estimação é assustadora. No entanto existem meios de adaptação, e o abandono nunca deve ser uma opção. “Os animais acabam se adaptando ao ambiente”, explica Priscilla. O segredo, segundo a veterinária, está no manejo, quer dizer, não mudar os objetos de lugar em casa, retirar do caminho itens que podem machucar, manter as vasilhas de comida e água nos mesmos lugares, dentre outros cuidados. “Hoje em dia, criaram um acessório que funciona como um aparador, que evita que o animal trombe nos lugares, já que o arco o protege”, conta a veterinária, sobre uma espécie de bambolê que funciona como aparador.

Para além dessas medidas mais físicas, a veterinária alerta para a continuidade do tratamento da doença que possa ter causado a cegueira. Mas quais doenças podem desencadear na perda da visão? Segundo Priscilla, glaucoma, ceratoconjuntivite seca, catarata e traumas estão entre as principais doenças causadoras. “A prevalência da causa da cegueira é por traumas”, ressalta. A veterinária frisa, ainda, que é importante lembrar que alterações hormonais também podem ocasionar a perda da visão do animal. Dentre as alterações, estão a diabetes e o hipertireoidismo, por exemplo.

A cura é possível apenas no caso da catarata. As outras doenças podem ser revertidas enquanto o animal ainda possui a visão. Caso o animal já tenha chegado ao nível de atingir a cegueira, conforme Priscilla, a única doença que possibilita a reversão é a catarata. No caso do glaucoma, por exemplo, quando o animal alcança a cegueira, significa que houve a morte do nervo ótico, portanto não há a possibilidade de reversão. Para prevenir, a veterinária aconselha fazer visitas periódicas ao especialista oftalmológico para fazer check-up – de preferência uma vez ao ano.

Assim, o animal fica sob vistoria e o tratamento das doenças propiciadoras da cegueira ocorre mais cedo, podendo evitar a perda total da visão dos animaizinhos.

Fonte: O Hoje

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