Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
Um artigo publicado pelo Conselho Americano de Ciência e Saúde afirma que o leite produzido a partir de leveduras e de impressoras 3D pode ser uma opção em breve.
Em leveduras, as proteínas do leite são clonadas e transferidas para o microrganismo, de forma semelhante à insulina desenvolvida geneticamente. Como a levedura cresce, ela produz as proteínas encontradas no leite de vaca, diz o Ecorazzi. Assim, água, gorduras, minerais, vitaminas e lactose seriam adicionados à mistura para constituir um leite sólido.
O autor do artigo classifica esse leite como “vegano”, o que está incorreto devido à transferência de DNA que inicia todo o processo e o fato de se procurar maneiras para replicar o leite de vaca quando existem outros leites veganos à base de vegetais.
O argumento que mais tem sido utilizado para a adoção desse processo é a questão ambiental, pois os gases produzidos por vacas seriam reduzidos.
Já a impressão 3D auxiliaria mais astronautas do que o consumidor médio. O autor diz que a NASA estuda maneiras de imprimir o caseínato de sódio, a proteína presente no leite.
Para o Ecorazzi, esses procedimentos são ridículos e arcaicos, pois visam a contínua reprodução do leite de vaca. “Boas intenções podem estar por trás da ideia de produzir leite ‘sem’ as vacas, mas isso é um obstáculo para o avanço do veganismo”.
“Você pode imaginar as pessoas argumentando que seu leite de vaca é mais livre de crueldade do que outro?”, questiona o portal. “Se as pessoas estão genuinamente preocupadas com o bem-estar das vacas, com o meio ambiente e com o que estão colocando em seus corpos, elas deveriam parar de consumir todos os produtos de origem animal”.
Nota da Redação: Ao invés de gastar recursos com tecnologia avançada para reproduzir leite de outros mamíferos em laboratório, seria muito mais sustentável e ético investir na produção e popularização dos leites vegetais. É possível obter leites saborosos de grãos e castanhas, como o leite de arroz ou amêndoas, que são uma opção muito mais saudável, viável e compassiva.