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Chernobyl se torna santuário da vida selvagem 30 anos após desastre nuclear

21 de abril de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Foto: Reprodução/NatGeo
Foto: Reprodução/NatGeo

Chernobyl, na Ucrânia, permanece isolada até hoje, trinta anos após um dos maiores desastres nucleares da História.

O mais surpreendente é que uma área conhecida pelos níveis mortais de radiação está se tornando um refúgio para várias espécies de animais: alces, cervos, castores, corujas e até animais raros como o urso pardo, o lince e alguns lobos, diz a pesquisadora Marina Shkvyria ao National Geographic.

Foto: Reprodução/NatGeo
Foto: Reprodução/NatGeo

Sem humanos por perto para caçarem os animais ou arruinarem seu habitat, a vida selvagem está progredindo, mesmo sob efeito da radiação.

Apesar do aparente sucesso, o verdadeiro bem-estar dos animais na zona de isolamento ainda divide os cientistas.

O biólogo Jim Beasly, da Universidade da Georgia, revelou em seu novo estudo que a população de grandes mamíferos de Chernobyl aumentou muito desde o acidente nuclear. “É incrível, você consegue ver lobos por todos os lados,” disse, argumentando na pesquisa que a radiação não parece afetar os animais.

Outro cientista, o dinamarquês Anders Pape Moller da Universidade de Paris, tem uma opinião diferente: “Os animais de Chernobyl e Fukushima vivem 24 horas expostos à radiação. Apesar dos níveis não estarem mais tão altos, a contaminação é cumulativa e pode gerar consequências dramáticas a longo prazo.”

Foto: Reprodução/Natgeo
Foto: Reprodução/Natgeo

Sobre o impacto da radiação na vida selvagem, a pesquisa de Moller revelou que os ratos-toupeiros apresentam altos níveis de catarata, os pássaros possuem menos bactérias naturais nas suas asas e andorinhas sofrem de albinismo parcial. Mutações graves, por outro lado, ocorreram somente logo após o acidente.

Os dois lados concordam que a radiação é prejudicial às pessoas e aos animais, resta descobrir o verdadeiro impacto nas espécies locais para os próximos anos.

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