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Consumo de carne afeta muito mais o meio ambiente do que se pensa

13 de abril de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias dos Direitos Animais
Nos últimos 10 anos, os meios de comunicação têm divulgado informações sobre o impacto ambiental e, especialmente, as alterações climáticas provocados pelo consumo de carne. Segundo o Scientific American, um estudo recente descobriu que se fosse adotada uma dieta com baixa ingestão de carne, de maneira global, os custos de mitigação das mudanças climáticas poderiam ser reduzidos em até 50% até o ano de 2050.

Relatórios científicos, artigos em revistas, vídeos virais do Facebook, documentários como Cowspiracy e Meat the Truth mostram os prejuízos que o consumo de carne causa no no efeito estufa e as notícias sobre esse assunto tem sido cada vez mais divulgadas.

Apesar de todas essas mensagens, uma nova pesquisa mostra que a maioria das pessoas não está ciente dos impactos climáticos causados pela carne. A pesquisa foi realizada com pessoas dos Estados Unidos e da Holanda e foram apresentadas as opções de comer menos carne, comer alimentos orgânicos, sazonais e de produtores locais. No quesito do gasto de energia, foram apresentadas as opções de dirigir menos, economizar energia em casa e instalar painéis solares.

Enquanto a maioria das pessoas reconheceu que a diminuição da ingestão de carne é eficiente para atenuar as mudanças climáticas, o grau de eficácia dessa alternativa em relação às outras só ficou claro para 6% dos norte-americanos e para 12% dos holandeses.

Isso não é casual. As pessoas que já consomem menos carne podem estar mais abertas para ouvir e reter dados a respeito dos impactos climáticos advindos do consumo da carne. Já pessoas que consomem muita carne podem ter uma atitude de negação ou de minimização em relação a esses problemas.

Muitos estudos mostram que, embora o conhecimento seja um aspecto importante para a mudança comportamental, raramente ele é suficiente para que as pessoas construam novos hábitos e transformem seus estilos de vida. Mudar comportamentos tão enraizados como são os hábitos alimentares demanda um exame cuidadoso das dinâmicas psicológicas e culturais.

A mídia tem um papel importante nessa questão. Em muitos casos, ao ‘’apontar o dedo’’ para os consumidores de carne aumenta a culpa, vergonha e estigmatização, o que pode não ajudar em nada na diminuição do consumo. No caso de pessoas mais tradicionais, essa estratégia não costuma funcionar.

Por isso, desenvolver várias abordagens desde a introdução de novos alimentos e receitas, os benefícios para saúde e o que a redução do consumo de carne significa para os animais e para a natureza pode ser mais efetivo na comunicação com diversas pessoas.

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